Cama e Mesa: primeiro Mandarin Oriental da América do Sul abre as portas em Santiago

O hotel ocupa um prédio icônico, no bairro mais chique da cidade, Las Condes – Reprodução do site

A primeira vez que fui ao Chile foi há 15 anos. Impressionante como o turismo da cidade não apenas cresceu, mas o salto de qualidade dos hotéis e restaurantes da capital chilena é notável. A meu ver, foi a indústria do vinho que refinou a estrutura para viajantes, porque a proximidade de regiões vinícolas passou a atrair cada vez mais o enoturista, esse cara que viaja o mundo atrás de bons restaurantes, bodegas e outras atrações bebíveis e comestíveis. Talvez a maior prova disso seja a inauguração da primeira unidade da rede Mandarin Oriental na América do Sul. Em soft opening, o hotel de origem chinesa (Hong Kong) está no topo da lista de marcas de alto luxo. Quem já se hospedou sabe disso. Mesmo uma visita a seus restaurantes, sempre carregando estrelas Michelin, já é o bastante para perceber que esses caras sabem bem o que é hospitalidade. Um Mandarin Oriental é um destino em si, e agora temos um pertinho de nós.

O hotel ocupa um prédio icônico, no bairro mais chique da cidade, Las Condes. Com 310 quartos, está junto ao principal shopping da cidade, Parque Arauco, e tem vistas lindas para os Andes e os parques de Santiago. As diárias custam a partir de 130 mil pesos chilenos (cerca de R$ 740 no câmbio de hoje). Talvez isso signifique a estadia mais barata nesta rede de alto luxo entre todas as suas unidades (são 32). Fica a dica.

“Superior room – Reprodução do site

Mas, como dizíamos, a inauguração do primeiro MO da América do Sul representa bem a importância do vinho na indústria o turismo de alto luxo em Santiago. Foi o tema principal do jantar de lançamento do projeto, essa semana, no Fairmont (em breve falamos mais dessa linda novidade aqui).

 

Entre ostras coisas, lá será vendido o primeiro vinho com a assinatura dessa grife. Na verdade, dois. Um branco, e um tinto, corte de Carménère e Carignan, duas das uvas mais emblemáticas do país. Os vinhos são produzidos por uma das vinícolas parceiras do hotel: Casa Lapostolle, que produz um dos vinhos mais premiados do Chile, Clos Apalta (R$ 1.623, no site da Mistral). Aliás, vale lembrar, que a sede da vinícola, lindíssima, no Vale do Colchágua, tem um dos hotéis mais exclusivos do país, Lapostolle Residence, um resort vínico com uma série de premiações internacionais, como a Condé Nast Traveller Hot List, da Condé Nast Traveller.

À certa altura, eu disse:

– Não conheço outra capital com tantas vinícolas nos seus arredores quanto Santiago, dá para chegar de metrô em algumas.

– Em Viena tem – lembrou meu xará, Bruno Dieguez, responsável pela marketing da rede no Brasil.

– Nós temos um foco nas vinícolas menores, as bodegas boutiques, coisas mais exclusivas – comentou Margarita Pereira, diretora de comunicação do Mandarin Oriental, Santiago.

No hotel serão dois restaurantes: o Matsuri, Nikkei (cozinha nipo-peruana) e o italiano Senso, fora o Atrium , o bar do lobby.

O fato é que não fosse o desenvolvimento do enoturismo nos arredores de Santiago, e mesmo dentro da zona urbana, não acredito que haveria um Mandarin Oriental sendo inaugurado na cidade, e nem tantos restaurantes excelentes, que hoje exploram com maestria os ricos pescados do Pacífico Sul (acredite, em 2004 não era fácil comer bons peixes e frutos do mar por lá, mesmo no mercado, mesmo com aquela matéria-prima de alta qualidade que víamos nos boxes. Hoje é bem diferente, e come-se muito bem por lá, obrigado).

Mais um bom  motivo para começar uma série de posts sobre as regiões vinícolas que podem ser visitadas a partir de Santiago, num bate-volta.  Estamos falando de quantidade, qualidade e variedade, porque são tantas as bodegas com excelente estrutura de visita e cada uma com as suas particularidades.

SERVIÇO
Mandarin Oriental Santiago: Avenida Presidente Kennedy  4601, Las Condes, Santiago, Chile. Tel. +56 (2) 2950-3088. Diárias a partir de R$ 740. Site do hotel.

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