Cerveja de Bandeja: a IPA Jade e os novos rótulos da Therezópolis

Tomaso di Martino e a Jade: criador e criatura – Foto de Bruno Agostini

 

As cervejas da Therezópolis estão de roupa nova. Este mês chegou um lote fresquinho, com destaque para a IPA Jade, uma das cervejas de que mais gosto, e que é de longe a que eu mais consumo desde que foi lançada, porque tem uma relação qualidade-preço imbatível.  Geralmente pago uns R$ 12,50, em lojas, já gelada; e por volta de R$ 18, R$ 19, em bares e restaurantes (em supermercado, às vezes acho a R$ 9,50). Considerando que são 600 ml… Difícil achar IPA com preço melhor (o lúpulo é o componente mais caro da cerveja, e esta leva bastante).

Como dizia, o novo lote está ainda um pouco melhor, a sua receita foi ligeiramente ajustada – fora que a IPA vai perdendo seu aroma refrescante com o tempo, não é estilo para se guardar, é justamente o contrário: quanto mais nova, melhor – por isso, fique de olho na data de fabricação.

É uma cerveja que se enquadra perfeitamente no estilo.  E eu tenho uma historinha para contar.

Conheci o Tommaso di Martino em 1992, porque namorei uma prima dele. Eu tinha 16 anos, ele 13 e ele 10.

Sempre cruzava com ele ao longo da vida, mas de alguns anos para cá nossos laços voltaram a se estreitar: Tom virou o cervejeiro da Teresópolis, uma marca que aprecio por algumas razões: faz cervejas de qualidade a bom preço, estritamente dentro dos padrões da Beer Judge Certification Program (BJCP).

Therezópolis Jade IPA: se encontrar prove em versão chope, em sua taça própria e repare o frescor do lúpulo – Foto de Bruno Agostini

Pensa numa IPA equilibrada, no meio dos limites da associação? A Jade, da Therezópolis, é um bom exemplo. Segundo a BJPC o álcool nesse estilo deve ter entre 5% e 7,5%.  A Jade tem 6,5%. Já o IBU pode ir de 40 a 60. Advinha quanto tem a Jade? Sim, 50. É maltada, em termos de cor e sabor, como manda a regra das Indians Pale Ales, e é uma cerveja gastronômica, mas que fica especialmente bem como comidas condimentadas (Bahia e Minas, falando de Brasil, México, China, Índia e Tailândia, em termos universais), com burgers e sanduíches como pulled pork e churrasco, deum modo geral, e também com carnes defumadas e gordas, como pastrami, bacon e brisket.

O mesmo vale para o resto da linha, que tenta se equilibrar perfeitamente no meio dos padrões estabelecidos pela BJCP. É uma aula de estilo. Com bons preços: pago entre R$ 9,95 e R$ 12,50 numa garrafa, nos mercados; e entre R$ 17 e R$ 21 em bares e restaurantes – sendo que a Gold, cuja fórmula foi ajustada recentemente (para melhor), quando a linha ganhou novos rótulos.

A linha da Therezópolis ganhou novos rótulos este mês – Foto de Bruno Agostini

Recém-produzido, o novo lote traz uma Jade muito refrescante e perfumada , ainda mais em seus primeiros dias de gôndola (a IPA vai com o tempo perdendo suas características aromáticas marcantes, das cargas pesadas do lúpulo, que lhe tornam muito expressiva, com notas cítricas e florais. O malte que lhe torna âmbar traz um equilíbrio, com tons caramelados.

Baita cerveja. (eu já tinha feito um post sobre ela: para ler, clique aqui).

E MAIS:
Leia todos os posts dessa coluna, “Cerveja de Bandeja”: clique aqui.

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