Estou rodando alguns restaurantes do Rio numa maratona intensa. Às vezes são quatro ou cinco num mesmo dia. A missão? Apresentar os vinhos da vinícola portuguesa Quinta da Lixa, que me contratou como uma espécie de embaixador da marca. Ontem foi muito engraçado.
O Guilherme Meirelles, meu parceiro nessas deliciosas jornadas, geralmente se encarrega da agenda às sextas, e eu às quartas ou quintas.
Essa semana ele me mandou uma mensagem, com o link de um restaurante.
Eu vi rapidamente, e respondi.
– Que ótimo! Estou há tempos para voltar lá. Não vou há uns 15 anos!
Ontem ele me encontrou no Bar do Elias, na Barra. Comemos duas esfirras e fomos. Três minutos depois, paramos na frente de um restaurante, e ele disse:
– Chegamos.
– Mas não é aqui.
– É, sim. Skinna. Nem agendei com eles nada, vamos na incerta.
– Ah ah ah ah ah ah ah ah! Não é possível. Eu olhei rápido, e achei que era o Skunna. Até avisei que iríamos, que vamos pagar a conta , apresentar uns vinhos… etc etc etc. Falei que chegaríamos até umas 15h, o Aylton está avisado e diz que vai estar nos esperando, agora temos que ir.
– Então vamos.
– Mas eu quero contar essa história, faço questão de voltar aqui para o jantar. Fechou?
– Claro. Então, partiu.
Sei que tive uma crise de riso, e até chorei, quando nos dirigíamos a Vargem Grande, pela praia. Até chorei…
Sei que fomos no Skunna, e tivemos um lindo almoço, regado a Guigas, branco e rosé, e Compromisso. Comemos casquinha de siri e bobó de camarão, tudo regado pela boa pimenta da casa. E, a partir de amanhã, o Skunna já terá três rótulos da Quinta da Lixa na carta: os Guigas branco e o rosé e o Compromisso, exatamente.
Anoiteceu e zarpamos da Skunna em direção à Skinna, do casal Marcelo Cheble e Simone Fernandes (ele é do sobrinho do Aylton Oliveira, uma lenda da gastronomia carioca, que assumiu o Skunna em 1991). Ali, teve Guigas branco, pastel de lagosta e uma linda porção de lulas ao alho na chapa.
Depois conto mais sobre os vinhos da Quinta da Lixa.
Só sei que foi assim…