Cama e Mesa: Peninsula Chicago, a união entre a elegância britânica e a hospitalidade chinesa

A árvore de natal no lobby do hotel – Foto de divulgação

Penso que a união da fidalguia e a elegância britânica com a hospitalidade e dedicação chinesa aos detalhes transformaram Hong Kong no mais relevante berço de redes hoteleiras de alto luxo em todo mundo. As minhas três preferidas são de lá: Mandarin Oriental, Shangri-la e Peninsula.

Já tinha me hospedado e feitos incontáveis refeições nos dois primeiros, mas no Peninsula jamais havia me hospedado, apenas visitado algumas unidades, e comido em algumas delas – nos três casos, sempre muito bem, obrigado. Do trio o Peninsula é o mais antigo: o primeiro hotel foi inaugurado em 1928.

O quarto do hotel: diárias a partir de US$ – Foto de Bruno Agostini

Na recente viagem a Chicago fiquei hospedado lá, e foi aquilo o que esperava. Um espetáculo de hospitalidade, e uma comida de excelência – os restaurantes desses três hotéis são sempre ótimos.

Tudo correu bem. Concierge certeiro, late check-out, roupa de cama acolhedora, ambientes perfumados com delicadeza, e enfeitados com flores frescas, mimos no quarto, chuveiros e banheira para grandes banhos, com amenities de qualidade e toalhas felpudas. E aquele café da manhã redentor. Boa piscina.

O terraço com vista a Michigan Avenue – Foto de divulgação

Quem não está hospedado por lá pode experimentar a cozinha chinesa no Shanghai Terrace e os drinques e petiscos do Z Bar (veja o vídeo neste link), com linda vista da cidade, no cair da tarde e final da noite, quando as luzes se acendem, e estamos debruçados sobre a rua mais importante da cidade: Michigan Avenue.

Old fashined, entre os clássicos – Foto de divulgação/Grant Kessler

Se os coquetéis do Z bar são de alto nível, a cozinha acompanha o ritmo, com uma cardápio curto e certeiro, dividido em petiscos e pratos para dividir. Na primeira seção, “Snacks”, temos uma deliciosa brandade de peixe branco do dia, com batata yakon e um aioli de alho e limão.

Satay Sarawak, à moda malaia, com muitas especiarias – Foto de divulgação

Mas a melhor parte é a chamada “Shareable”, com itens como tartare de atum com crisp de tapioca; chicken wings verdadeiramente picantes, à moda coreana; buns de barriga de porco e de frango frito; e uma ótima seleção de ostras do dia, além de um prato de queijos com excelentes exemplares, especialmente dos EUA, servidos com charcutaria, picles, castanhas e geleias. Para encerrar, bolo de chocolate com toque de caramelo, ou sorvete da casa de pistache.

Trio de dim sum, no menu de almoço – Foto de Bruno Agostini

No Shangai Terrace o cardápio é dedicado às cozinhas cantonesa e pequinesa, com alguns pratos tradicionais e outros menos fiéis à culinária do maior país do mundo.

São cerca de 10 opções de dim sum – Foto de divulgação

Assim, claro que o menu é aberto com a seleção de dim sum: tem bun de barriga de porco, claro, bem como variações em torno do camarão (rolinho primavera; em forma de dumpligs, solo ou com baby bok choy e frango) e won ton crocante de caranguejo. Esses representam a tradição, mas também encontramos ali combinações entre lagosta e frango, com trufas negras.

Sopa de pato: merece ser pedida – Foto de Bruno Agostini

No menu de almoço, melhor pedida por conta dos preços, temos um opção com três etapas que é uma boa pedida. À la carte vale apostar nas sopas: provei uma de pato que foi das melhores da vida, senão a melhor. Que caldo, que sabor… Naturalmente a uma sessão de arroz, com opções veganas e vegetarianas, mas de carne bovina e de cordeiro (não vemos muito cordeiro na cozinha chinesa tradicional).

Há uma seleção de “Signature dishes”, com uma famosa vieira ao molho de XO; um frango picante e condimentado, com pimenta, gengibre e cebola. O pato Pequim surge em duas versões, a mais tradicional e outra, glaceada em molho de soja.

A fachada do hotel – Foto de divulgação

No jantar o cardápio quase dobra de tamanho, e de preços. Melhor mesmo no almoço, porém só de noite surgem especialidades como a lagosta do maine “sal e pimenta”, servida na casca, com tempero picante, farofinha de panko e camarão seco (asiáticos amam peixes e frutos do mar desidratados, não é só a Bahia).

Para a sobremesa, o cardápio é dividido em duas partes, com doces tradicionais cantoneses e outras criações da cozinha; como o bolo de amêndoas com toque de cereja ou a combinação de chocolate, yuzu e avelãs. Notável é a lista de vinhos para acompanhar os doces. Só pancada: Heinz Eiffel Beerenauslese Rheinhessen; Disznoko 5 Puttonyos Tokaji; Marenco Brachetto D’Aqui (esse confesso, não me lembro de ter provado); Dow’s 10 Year Tawny e Warre’s Otima 10 Year Tawny.  Dá vontade de pedir uma tacinha de cada.

SERVIÇO
The Peninsula Chicago: 108 East Superior Street. Tel. +1 (312) 337-2888. Informações e reservas: pch@peninsula.com   Site: www.peninsula.com/en/chicago Diárias a partir de US$ 412.
Site do Z Bar: www.zbarchicago.com

 

 

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