Seleção Carioca: dez bares tijucanos que estão entregando maravilhas em vossas casas (parte 3)

 

Continuando os posts de ontem e de anteontem…

Bolovo de bacalhau do bar do Momo – Foto de Bruno Agostini

O Rei: Momo
Quem passa na porta, desavisado, talvez nem percebesse o Bar do Momo, na Muda. Inaugurado em 1972, na aparência é igual a outros tantos botequins que existem no Rio. Mesas de plástico na calçada e letreiros patrocinados por marcas de cerveja; um pequeno balcão e cervejas de 600 ml de grandes marcas que se mantém geladas nas “camisinhas”. Mas as aparências enganam, e ali encontramos um dos grandes botecos da cidade. E enquanto não podemos frequentar o Momo, é o Momo que pode visitar as nossas casas.
Eles – por enquanto – estão entregando apenas nas imediações. Sorte de quem mora ali por perto, que pode encomendar torresmo de tira (R$ 5 a unidade), por exemplo. Bolinhos se destacam entre os petiscos. Tem o clássico da casa, arroz com queijo e linguiça (seis por R$ 30), e também um fofíssimo, de aipim com camarão, fora o bolovo de bacalhau, além do bolinho de bacalhau e do croquete de pernil (estes dois últimos, por R$ 7 cada).
Sanduíches? Também trabalham, e o misto quente de joelho de porco com creme de queijo (que ainda não provei) é das maiores indecências que vi nesses tempos de quarentena. Fique de olho nos hambúrgueres. Tem um, versão que anda em alta nos EUA, trocando o pão por uma empanado de mac ‘n’ cheese. Cachorro quente com vinagrete de coentro e queijo? Tem também (R$ 23).
Sexta tem feijoada, das melhores do Rio (R$ 40, para dois, e R$ 30, para um). Mas, fica a dica: hoje, sábado, também tem.
Para encerrar, pudim de leite (este virou a sobremesa oficial da quarentena).
Tonhão, o pai, que comprou o bar em 1986, e Toninho, o filho, cuidam da casa com extremo carinho. Viraram referência por conta da comida, mas é bom destacar, ainda, as batidas da  casa (20, 500 ml), deliciosas, que também estão sendo entregues.
Melhor nem ficar listando. Liga lá, vê o que tem hoje e só pede, apenas pede, o que mais lhe apetecer. Satisfação garantida.
Para entregas, ligue no 2570-9389.

 

Moqueca de camarão do Boteco do Peixe: pescados e mais pescados – Foto de Bruno Agostini

O Paraíso: Do Peixe
Vou resumir o que é o Boteco do Peixe: formado por ex-funcionários do Antiquarius e do Siri Mole, saudosos restaurantes, este botequim é um dos muitos recantos gastronômicos da Praça da Bandeira, onde a gente come muito bem e barato, em ambiente mais que despojado. Agora, estão levando alguns dos melhores pratos de pescados até você.
Não poderia sugerir uma sequência diferente: pastel de camarão (R$ 25, por cinco), a melhor casquinha de siri que lembro de ter provado (R$ 15) e a moqueca de camarão, padrão Ísis Rangel (R$ 75). Com camarão, polvo, lagostim e peixe, a moqueca mista (R$ 149) é outra campeã de pedidos – também tem de peixe (R$ 79), de polvo (R$ 105), de cavaquinha (R$ 110), de peixe com camarão e de cavaquinha com camarão (ambas a R$ 125). Fora o prato baiano, posta de badejo com arroz de brócolis (R$ 49) e risotos: de lula, de polvo e de camarão (R$ 75, os três).
Entre os petiscos, há iguarias terrestres, como frango à passarinho (R$ 35), linguiça calabresa (R$ 18) e gurjões de frango (R$ 30), mas melhor mesmo é ir no vinagrete de polvo (R$ 60). E, na lista de pratos, tem coisas mais baratas e menos interessantes: peito de frango à milanesa com fritas (R$ 27), contrafilé com fritas (R$ 30, para um, e R$ 58, para dois).
Entregam nos arredores, pelo 3576-7520.

 

Dá um close nela: no bar Salete, a mais glorificada empada do Rio (com razão) – Foto de Alexander Laudau

A Deliciosa: Salete
A melhor empada da cidade – desde 1957. O letreiro do Salete, estilizado com os famosos azulejos azuis e brancos que marcam a decoração do lugar, dá duas informações importantes: – a especialidade da casa e a data de nascimento, que não deixa dúvida: este é um dos bares mais tradicionais do Rio. Famoso também por causa do seu farto risoto que perece ter mais camarão que arroz, este clássico tijucano mantém a forma. Na verdade, as forminhas, descartáveis, no caso, onde são servidas as empadinhas, que ficam expostas em vitrine voltada para a rua, funcionam como chamariz para a clientela – e há muitos que nem entram na casa, param ali nas mesinhas altas, pedem uns chopes, umas empadas, naquele ritual tipicamente carioca. Parada clássica antes de um jogo no Maracanã (depois é mais difícil, porque a casa fecha relativamente cedo). No salão com paredes repletas de prêmios e várias reportagens de jornais e revistas, mistura-se uma clientela eclética, de famílias e casais e a grupos de amigos de todas as idades. Quando funcionando regularmente, é difícil ver uma mesa, ou alguém, que não peça ao menos uma empada – e a mesma lógica vale para os pedidos de entrega. Fácil compreender. Com o perdão do clichê, a massa é leve e delicada, e acomoda recheios fartos, bem temperados e com boa textura, sem economizar na dosagem de camarão (ou de frango, ou de palmito, ou dois outros sabores). Para beber, chope sempre muito gelado e na pressão, e algumas cervejas.  Nesse momento, estão com algumas promoções, tipo: peça seis empadas de frango ou costela e mais três cervejas Original por R$ 50.
Funcionando de terça a domingo. Estão entregando na Grande Tijuca, sem taxa de entrega para pedidos a partir de R$ 50, e você também pode buscar no balcão: 2264-5163 e 2214-0408. Para Méier e Zona Sul, taxa de R$ 9, para pedido mínimo de R$ 120.

Croquete de carne, especialidade do Varnhagem – Foto de Bruno Agostini

O Clássico: Varnhagem
Outro monumento tombado da cultura botequeira da Tijuca, o Varnhagem na praça de mesmo nome serve uma rabada famosa, em cartaz às sextas, sábados e domingos (R$ 34). Dizem que os pratos são para um, mas geralmente servem bem até duas pessoas: carne assada, espaguete, arroz, feijão e farofa (R$ 31), mini feijoada, aos sábados, com lombo, carne seca e paio, arroz, couve e farofa (R$ 32) e risoto, em três versões: de bacalhau (R$ 32), de moela, servido com saladinha (R$ 21) e de carne seca com couve e farofa (R$ 30). Para petiscar, croquete de carne (R$ 5,50, ou R$ 25 versão coquetel, com 10) e bolinhos de bacalhau, com os  mesmos preços.
Entregas na região, pelo 2254-3062.

 

E mais:

Bolinho de feijoada do Aconchego: no conforto do lar – Foto de Bruno Agostini

O Brasileiro: Aconchego Carioca
Clique neste link para o post sobre uma seleção internacional, com 11 restaurantes representando a gastronomia típica de vários países.

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