– Na hora eu rio e comemoro. Depois eu choro. Quando o Flamengo é eliminado de uma competição, eu perco cerca de 60 mil por mês só aqui no Colarinho – lamenta o empresário Diego Baião, sócio deste bar cervejeiro, em Botafogo, além de outras casas, como Escondido (Beef Bar e Birreria) e Ají Marisquería.
Sempre que nos encontramos falamos basicamente de três coisas: cerveja, comida e futebol.
Vascaíno desses que podemos chamar de fanáticos, Baião conta como é o impacto de eliminações e derrotas do time nos bares da cidade (ainda mais ele, que conta o fluxo dos torcedores que vão de Metrô para o Maracanã – e voltam depois do jogo).
– A cada jogo, são três levas de torcedores. Primeiro, os que estão a caminho do estádio, e que param aqui para fazer um “aquecimento”, ou esperar os amigos para irem juntos. Depois, a turma que vem ver a partida. Se o time ganha, ficam até mais tarde, mas se perde vão embora. Por fim, tem a galera que volta do jogo. Se o time ganha, entram para beber até o bar fechar. Se perde, passam com cara de puto, e vão embora sem a saideira. São três turnos, só de noite – conta, um pouco rindo, um pouco triste, enquanto me mostra dados de vendas, recebidos a cada noite pelo gerente.
No mais, vale dizer, que tanto o Colarinho quanto o Escondido Beef Bar se tornaram excelentes lugares para se comer carnes. Com uma seleção de matéria-primeira de primeira, sem trocadilho, com cortes de angus e wagyu, além de porco Duroc, as carnes são grelhadas na brasa – impressiona a parrilla do Escondido, em Copacabana. Para melhorar, quem pilota a grelha é o craque Thiago Berton, que tem um dos currículos mais impressionantes da cidade: passou por El Bulli, Mugaritz, D.O.M e Lasai, entre outros.
O seu bacon é o melhor que já comi, e além dos cortes convencionais, estão apostando na cura, com sucesso.
Sem falar na ótima seleção de cervejas.
Sem dúvidas, um excelente lugar para ver futebol.
Desconfio que essa noite o Baião dormiu preocupado. Prejuízo à vista em agosto.
Mas, quem sabe, Jesus não salva?