Taberna Alpina, em Teresópolis: um clássico serrano, onde ainda reside um delicioso passado

O prato não existe oficialmente: a guarnição foi trocada a pedidos do editor – Foto de Bruno Agostini®
Língua fresca ao Madeira com arroz à piemontese: a pedidos.
A Taberna Alpina é um clássico que se preserva com imensa dignidade.
A comida é boa de verdade.
Vale isso pras salsichas de mãos dadas com saladas de batata, para as coxas de pato com chucrute, para os escalopes cobertos de molho Madeira e cogumelos, com escolta de arroz à piemontese.
Mas, sobretudo vigora na língua fresca com purê, meu preferido na atualidade. Hoje, eu variei.
Há poesia naquela arquitetura.
Nas paredes que imitam uma cabana nos Alpes do setor da casa chamado Escondidinho, onde inclusive há um balcão de bar, infelizmente não utilizado. Quadros idílicos estão pregados.
Há uma nostalgia ali.
Desbotada.
Uma saudade.
Exposta no menu.
Existe naquele monumento da cultura gastronômica brasileira uma cozinha germânica e eslava, com uma série de receitas universais, acentos judaicos, portugueses e principalmente alemães, onde estão os DNAs das biroscas brasileiras.
Sim, poderia estar num edição do guia Rio Botequim.
O steak tartare pode ser misturado, ou não, pelo garçom ou pelo cliente, à mesa – Foto de Bruno Agostini®
Há goulash. Tartare. Bratwurst. Patê. De fígado de galinha. Molho Madeira, e também bolognesa.
ô, sorte!
Feijoadas ilustram os sábados. Chegue cedo, pois logo acaba, porque é muito boa, e tem gente que reserva, chagando antes do meio-dia.
Rossini, belle meunière, isso tudo coabita aquele ambiente.
Surprise, Holstein… Szegediner. Eisbein. Kassler.
Estrogonofe também.
Tem.
Jardineira é acompanhamento esquecido.
Ovos à Russa, peru à Califórnia. Coelho à caçadora.
Frango à Kiev.
Oswaldo Aranha não falta, alho frito em questão.
Que tal uma canja? Ou panachê?
Bacalhaus estão por lá.
Camarão à baiana. Ou com Catupiry.
Quem sabe até um cachorro quente?
Uma casa germânica e brasileira.
Ao mesmo tempo.
Boteco e restaurante.
Um mundo em um mesmo menu.
Caldos confortam.
E reconfortam.
Bife à parmegiana: partos fartos, servem dois – Foto de Bruno Agostini®
Guarnição à Cubana,  e outra à Francesa.
Um bife à milanesa.
Quem sabe ainda um parmegiana.
E um filé à butterfly.
Noisettes.
Croquetes.
Tem rosbife fatiado, delícia, vendido a peso, no balcão, para levar pra casa.
Com salada de batata, igualmente para fazer feliz a residência.
Mostardas abundam, mas poucos usam, embora devessem.
Pimentas idem. Inclusive, a da casa, forte na medida.
Pra quem gosta de comida.
O apfelstrudel encerra a conversa, com café e chantilly – bati ali.
Acontece um passado aqui.
SERVIÇO
Taberna Alpina: Rua Duque de Caxias 131, Várzea, Teresópolis. Tel.: 2742-0123. Instagram: @tabernaalpinaoficial
1 comentário
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *