Bruno Agostini
Pode até ser um restaurante num museu, por exemplo. Quem sabe, um piquenique nos Jardins de Monet? – olha eu já sonhando. Mas a ideia dessa coluna dominical, Arte da Mesa, é tratar de dois temas que muito se entrelaçam: a comida e a arte.
E mais: Comida é Arte?
Lançamento de um livro, ou mesmo a leitura dele, pode ser um assunto tratado. Uma exposição, um filme, quem sabe um programa de TV ou uma peça de teatro, uma música. Basta haver como é tão comum e natural, a interseção entre a cozinha e as artes.
Um filme como “O Jantar”, do italiano Ettore Scola, é um brinde aos que apreciam a comida e o hábito de comer fora de casa. Festa de Babette. “Leave the gun, take the cannoli”. A Sétima Arte.
Fora toda essa produção recente de alta qualidade, entre ficção e documentários, incluindo reality shows. O audiovisual. E o teatro, desde a Grécia Antiga até os tempos de hoje. Sempre tem uma mesa em cena. As artes cênicas.
E nas artes plásticas a relação é intensa, imensa e antiga. E é inegável que a arte moderna influenciou os chefs nas montagens de seus pratos, quesito cada vez mais relevante na gastronomia, especialmente com as redes sociais.
Na música, igualmente. E vamos botar água no feijão.
No universo literário tampouco falta intimidade entre a arte e a comida.
Que tal uma Dobrada à Moda do Porto? Ou uma Feijoada à Minha Moda? Certamente, uma Oda al Vino, você aceita.
Na pintura, na fotografia e nas demais artes gráficas e visuais, a interseção com a comida é histórica e marcante. O vinho em A Última Ceia, a Natureza Morta. É atual, vide Vik Muniz e Ai Weiwei (para ler um post, clique aqui).
Que mais falta?
Filosofia… O Banquete, de Platão.
Só não venham me dizer que cozinheiro é artista.
E MAIS
– Reflexões gastronômicas: comida é arte? (Uma noite à siciliana memorável no Cipriani)
