O que há em comum entre AC/DC, Iron Maiden, Kiss, Motörhead, Angra, Raimundos, Sepultura, Pearl Jam? Além de serem bandas de rock, têm rótulos próprios de cerveja. Fato concreto que o rock ‘n’ roll e a cerveja são universos que se relacionam. Mas o samba também tem muito a ver com a bebida. Mas não há grupo ou mesmo artista do gênero que batize alguma cerveja – ao menos que eu saiba.
Isso vai acabar em fevereiro. Para festejar os 100 anos do nascimento de Elizeth Cardoso, em 16 de julho, seu neto, Paulo Cesar Valdez, resolveu lançar a Divina Elizeth, uma Pilsner puro malte, com os lúpulos Nugget e Perle Hallertau. O pré-lançamento acontece em local muito adequado: o Quartel General do Cordão da Bola Preta. Será no dia 15 de fevereiro, a partir do meio-dia (quando acontece a feijoada carnavalesca da agremiação, dois anos mais velha que a Divina cantora: o primeiro desfile do Bola foi em 1918). No mesmo local, uma semana depois (dia 22, daqui a uma mês exatamente) acontece o lançamento oficial, a partir das 9h, em pleno sábado de carnaval, quando o mais tradicional bloco do Rio desfila pelas ruas do Centro. Na sexta, dia 28 também de fevereiro, outra lançamento será feito, desta vez em ambiente cervejeiro: vai ser a Invasão Dow Jones Market Beer, na Rua Nelson Mandela, em Botafogo – onde estão enfileirados um monte de bares legais, talvez a maior concentração da cidade – quase todos dedicados à cerveja (a partir das 18h). Como me disse Paulo Cesar Valdez, que tem apoio do Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB), da Universal Music e do Spotify.: “Uma cerveja como Elizeth não se lança, estreia.”
Como ela cantou, divinamente: “Eu bebo sim, e estou vivendo / Tem gente que não bebe e está morrendo / Eu bebo sim, e estou vivendo / Tem gente que não bebe e está morrendo”.