St. Feuillien Grand Cru: o poder do fermento belga junto ao dry hopping

A cerveja tem segunda fermentação na garrafa – Foto de Bruno Agostini®

Outro dia estava no Delirium Café quando fui alertado de que a St. Feuillien, assim como outras cervejas desta clássica marca belga, estava em promoção, com 50% de desconto. Assim, o seu preço caiu para R$ 23. Uma pechincha. A razão disso era a proximidade da data de validade, o que na verdade é até bom, pois este é um rótulo que ganha com o tempo de garrafa, assim como tantas outras que já bebi fora da validade, incluindo aí um ícone desta mercado, a Brooklin Monster Ale, regalo do amigo Fábio Santos, do Herr Pfeffer.

Mas que bela cerveja. Tanto, que alguns dias depois eu voltei, para nova sessão de deleite cervejeiro. Potente, com 9,5% ABV, é uma Belgian Strong Ale elegante e perfumada, com notável trabalho de lupulagem, através de um dry hopping que entrega muito frescor e exuberância aromática, com notas cítricas retumbantes. É uma cerveja clara, de linda coloração alourada.

Outro ponto a se destacar é a fermentação, que traz notas típicas das leveduras belgas (é uma cepa da casa, bem especial e marcante), bem como entrega um corpo de elegante cremosidade, com espuma densa, encorpada e persistente. São duas fermentações, a segunda na garrafa, dando origem a uma textura marcante.

Na boca, esse conjunto é ressaltado por essa estrutura firme, com sabor que se equilibra entre os cítricos e frutados do lúpulo, e seu amargor bem dosado, e os tons condimentados do fermento belga, ainda que a cerveja não tenha adição de especiarias, como é comum entre as representantes do estilo.

À mesa, pede pratos untuosos e suntuosos como ela, como um peixes mais gordos em molhos cítricos ou cremosos, assim como um belo steak de foie gras. Só faltou isso mesmo…

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