Portugal, paraíso dos amantes do arroz, o melhor lugar do mundo para apreciar o grão

 

Portugal é o país do arroz. A grande nação, maior autoridade no assunto.

Eles dominam a arte do preparo deste grão como ninguém.

Sei disso por conta de uma semana que passei por lá.

Fotos de Bruno Agostini®

Logo no primeiro dia, um arroz de polvo caldoso, no hotel Monverde.

No segundo, o almoço foi vitelo de Arouca, com a companhia de um arroz de feijão espetacular, no Espiúnca, na Lixa.

Já na terceira noite, o jantar na Casa Ventura, em Amarante, também teve esta ilustre guarnição, desta vez enriquecida por chouriço (morcela) e repolho.

Partimos do Minho com destino ao Porto.

Paramos para almoçar no restaurante Casa do Lago. Comemos bochechas, com uma espécie de arroz chinês, mais seco, escuro pelo caldo e condimentado.

 

Já em Matosinhos, ao anoitecer, no Dom Peixe comemos robalo na brasa, escoltado por arroz de feijão, desta vez com grelos e novamente com chouriço, de sangue.

Já estamos no quinto dia, e no Opina nos fartamos com um panelão de arroz de peixe, um monumento úmido e perfumado, com pescados distintos em pontos exatos de cozimento.

Nos aproximamos do fim. Último dia inteiro de viagem.

Foi o único em que não comi arroz.

Mas, em compensação, a derradeira refeição em Portugal foi no restaurante O Gaveto, novamente em Matosinhos, Paraíso dos Pescados, e dos repastos de arroz meloso, ou malandrinho, desses caldosos e exuberantes que há neste país, sobretudo no Norte, das mesas fartas e da gente exagerada.

Pedimos o arroz de lavagante, que é a melhor de todas as lagostas: azul, com duas pinças. Homard bleu, em francês. O cúmulo do sabor.

Ainda mais porque o João, sócio da casa e chefe de sala, fez o favor de encontrar ovas de lavagante, e espalhá-las por sobre o arroz.

Um acinte!

 

CONTINUAÇÃO…

Retrato de um Prato: o paradisíaco arroz de lavagante d’O Gaveto, em Matosinhos.

 

 

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