Vinho da Semana: o Morgado da Vila Alvarinho nasceu para ser servido com pescados e porco

O Gran Piatto di Mare, estrela do Satyricon, vai muito bem com o rótulo produzido pela Quinta da Lixa – Foto de Bruno Agostini®

Sem fazer viagens internacionais desde o final de 2019, embarco hoje para Portugal, que seria meu destino em maio de 2020 – passagens cancelada por conta da pandemia. Essa história começa há um ano, em junho ou julho, quando fui à Casa do Sardo a convite do amigo Silvio Podda, para provar seis vinhos portugueses, do Minho – que são como um todo muito adequados para o seu menu mediterrâneo, marcado pelos pescados, pelo porco e o cordeiro. Gostei do que provei, e ainda mais com a sua gastronomia da Sardenha, e considerando os preços de cada garrafa.

Alguns dias depois o Guilherme Meireles, o importador e sobrinho dos donos da vinícola, me convidou para trabalhar com ele, ajudando a apresentar os vinhos aos restaurantes, como embaixador da marca. Desse modo, fico feliz ao encontrar O Alvarinho da Quinta da Lixa em vários lugares que eu gosto muito,  começando pela Casa do Sardo, a Churrascaria Palace, o Escama, a Peixaria Moccelin e o Satyricon, para citar alguns.

Consigo observar que o vinho é bem versátil à mesa. Na Palace, por exemplo, eu gosto dele com alguns petiscos, como a casquinha de siri, o bolinho de bacalhau, as ostras, as sardinhas e o arenque, além do pirarucu e do porco preto, direto da grelha, assim como a picanha de pato e os cortes de cordeiro – sem esquecer da morcilla e a linguiça. Com o porco preto, untuoso, me chama a atenção como vai bem.

Camarões delicados em molho de tomate: sempre impecáveis – Foto de Bruno Agostini®

No Satyricon é covardia: nasceu para abrilhantar o meu italiano e marinho que faz deste um dos meus portos seguros para comer peixes e frutos do mar. Esse gran piatto di mare é um dos que mais gosto de comer na vida. Sempre peço, e foi assim da última vez, quando fui lá para mostrar o quanto estou feliz de ter o Alvarinho lá. Um festival, com ostras frescas, camarões em molho de tomate ligeiramente picante, mexilhões e outras conchas, ovas, lulas ao limão e azeite, vinagrete de polvo e tonno sott’olio. Sorte é isso.

O vinho apresenta aptidão mesmo para o comida, inclusive pratos asiáticos, agridoces e picantes. Mostra exuberância aromática, com notas de frutas cítricas, como limão siciliano, além de outros perfumes botânicos, como a flor de laranjeira, Realmente, com pescados, não falha nunca. É um vinho limpo, e bem fresco, com acidez marcante, mas nunca agressiva, mesmo se apreciado em temperaturas mais altas que o habitual para Vinhos Verdes, o que mostra sua fineza.

Você encontra nas melhores casas do ramo: mais informações, manda um comentário aqui, ou mensagem no meu Instagram @brunoagostinifoto, onde você pode acompanhar a viagem, que começa hoje.

E ainda vou me hospedar no lindo hotel da vinícola, o Monverde Wine Experience (www.monverde.pt), além de visitar alguns lugares que desejo há tempos, como o restaurante O Gaveto, e a fábrica de sardinhas, Conserva Pinhas, ambos em Matozinhos, além da cidade do Porto e Vila Nova de Gaia, onde o grupo Fladgate (Taylor’s, Fonseca, Croft e Krohn – só o filé) onde inauguraram o WOW (World Of Wine).

Vem, que vai ser lindo.

 

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