#agostinices
Uma historinha.
Estava almoçando com um amigo na Palace um dia desses e lhe ofereci uma combinação que tenho adorado.
Morcilla com palmito fresco.
Eu espremo o embutido suíno de sangue, da Pirineus, a melhor do Brasil e cercanias, e passo esse patê extremamente saboroso sobre o palmito fresco assado na churrasqueira, assim como a morcilla.
É bom demais!
“O Bruno e suas invencionices… Obrigado, está sensacional”, disse ele.
“Agostinices…”, eu disse. “Vou criar até uma hashtag e postar isso, vou fazer até um Destaques no Instagram”, continuei.
O Danilo, maître, sommelier e gerente da Palace, que sabe tudo e mais um pouco, logo matou a charada, que eu fiz instintivamente, sem pensar:
“Isso parece como servem na França, o boudin noir com maçã”.
Bingo!!!
É isso mesmo. O leve dulçor do palmito acomoda perfeitamente a untuosidade e o sabor potente, ligeiramente salgado e condimentado, do embutido.
Cogumelos podem, e devem, adornar.
Lá na Palace já fiz outras #agostinices, como o sanduíche de linguiça com chimichurri no pão de queijo (usam Vitalatte), o que fica uma delícia. É o legítimo choripán mineiro.
Outro dia, no Galeto Rainha, eu comi o melhor polvo que sou capaz de me lembrar, no Rio. SENSACIONAL, apenas.
Tenro, extremamente saboroso e bem temperado, é assado na brasa. Coisa de louco.
Pedi alho à parte, e a boa pimenta da casa. Entre as guarnições estavam fritas portuguesas, crocantes, no ponto perfeito. Então fui montando canapés. Como base havia batatinha, sobre ela um naco do polvo, lambuzado com alho e pimenta.
Isso é a glória.
Poderia comer isso pelo resto da vida.
Recomendo.
Vá e prove. Vai por mim… Poucas coisas podem ser tão deliciosas nesta cidade de São Sebastião.
De noite, com um polvo inteiro que sobrou do almoço (eram três!!!), fiz outro canapé, desta vez lá n’A Casa do Sardo. Pão de Altamura, um pedaço do tentáculo macio e lâminas de bottarga.
Recomendo que provem.
Fim.