Entre tantos que escrevem sobre comida no Brasil, três autores são os meus favoritos: Luiz Horta, Cristiana Beltrão e J.A. Dias Lopes (saudades do Apicius e do Saul Galvão). Obs.: Em breve Luiz Horta lança a sua newlleter, não deixe de assinar).
Estava há algum tempo querendo escrever sobre a tarte tatin, e o Dias Lopes, o melhor texto com viés histórico sobre comidas, bebidas e pessoas, fez isso antes, poupando o meu trabalho. E fazendo muito melhor do que eu faria.
Para ler, basta clicar aqui (com direito a receita). https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=2453208884923764&id=100007040289287
O começo:
“TARTE TATIN
A sobremesa clássica francesa que deveria sua difusão a uma história de amor
A hoteleira e cozinheira Stephanie Marie Tatin (1838-1917) foi passear em Paris, no final do século XIX, e namorou o maître de uma casa de chás e petits-fours da Rue Royale, 3 – VIII Arrondissement, perto da Praça da Concórdia, onde o rei Louis XVI e sua mulher, a rainha Maria Antonieta, tiveram as cabeças decepadas na guilhotina, durante a Revolução Francesa. Apaixonando-se pelo profissional do salão, revelou-lhe um segredo precioso da família: a receita da sua torta de maçãs caramelizadas.
Stephanie Marie e a irmã mais velha, Genevieve Caroline Tatin (1847-1911), não a ensinavam para ninguém. Preparavam-na no restaurante do hotel de ambas, em Lamotte-Beuvron, uma comuna da Sologne, no centro-norte do país, a 171 quilômetros da capital francesa. Além do sabor extraordinário, o doce chegava à mesa com a fruta colocada sobre a massa, ou seja, de cabeça para baixo.
Pouco depois, abria no mesmo endereço da casa de chás e petits-fours o restaurante Maxim’s. A torta de maçãs – que hoje também pode ser preparada com peras – transferiu-se para o cardápio do novo estabelecimento, do qual nunca mais saiu. Primeiro restaurante a servi-la, o Maxim’s foi aberto em 1893 pelo garçom Maxime Gaillard e se tornou um dos símbolos da alegria de viver na Belle Époque – o período de grandes transformações e outros modos de pensar que começou na Europa em fins do século XIX, com o final da Guerra Franco-Prussiana, em 1871, e durou até a deflagração da Primeira Guerra Mundial, em 1914.”
CONTINUA NO LINK CITADO.
Voltando à tarte tatin, eu fiz uma lista com as que julgo as três melhores do Rio, com a coincidência, neste caso, de uma delas ser a do Bazzar, da própria Cristiana Beltrão, que de tão boa cronista gastronômica, virou colunista da Época, e vem nos brindando, semana após semana, com excelentes textos, com excelentes análises, e também feitas deliciosamente (para ler a última coluna, clique aqui).
Assim como é deliciosa a tarte tatin do Bazzar, um dos itens tombados do menu.
Não menos incríveis são as versões fumegantes que saem do forno a lenha do Rubaiyat, lidamente caramelizadas, com massa crocante e delicada.
Surpresa foi encontrar outra tatin exemplar no Escondido Beef Bar, em Copacabana, um dos meus lugares preferidos na atualidade (aliás, como tem coisa deliciosa em Copacabana, entre novidades e clássicos). De diferente, tem raspinhas de limão e é servida com sorvete. Voilá!
Um trio que honra a famosa história das irmãs Tatin.
2 commentários
Vindo novamente para ver o conteúdo do blog, sempre
encontro dicas maravilhosas aqui…muito bom!
Obrigado pelas palavras.