Bruno Agostini
Este ano a Chandon lançou a segunda edição de seu vinho mais especial no Brasil. É o Chandon Excellence Magnum, desta vez com a safra 2009, uma limitada produção, de apenas 900 garrafas.
Um baita espumante.
De fato, especial.
Por absoluta falta de tempo, só agora pude me sentar para escrever sobre ele, que provei na companhia do amigo que sabe tudo de vinhos Eder Heck, que por anos dirigiu o Mr Lam.
Ao contrário do 2008, lançado no final do ano passado, este maior de Chardonnay (58%) em comparação ao Pinot Noir (42%),
A empresa está preparando o terreno para os festejos de seus 50 anos de Brasil, a serem comemorados em 2023. Foi em 1973 que a Chandon se instalou em Garibaldi, onde até hoje funciona a vinícola, fundamental para o protagonismo que o Brasil tem hoje no cenário dos vinhos espumantes.
E o vinho é parte do projeto do jubileu. O que será que estão programando para daqui a dois anos? Isso é segredo guardado a sete chaves.
Com linda coloração dourada, o Excellence Magnum 2009 tem aromas finos e frescos, mas bem evoluídos. Seu perfume pode lembrar frutas como pêra, e muitos tons cítricos, mas também traz notas amendoadas e de especiarias, e também mel, flor de laranjeira, casca de laranja cristalizada e pimenta-do-reino branca. É rico e complexo, finíssimo na boca. e marcante no paladar, com textura cremosa e untuosa, ligeiramente amanteigado.
“Este 2009 foi um ano muito difícil, mas como muitas vezes acontece conseguimos fazer um vinho marcante, contra as adversidades”, diz Philippe Mével, enólogo-chefe da Chandon do Brasil.
Provei com embutidos artesanais, mas lamentei não ter à mão para jogar na brasa que ardia naquela tarde de sábado memorável uns lagostins, vieiras ou camarões. Ostras frescas cairiam bem também. Pensei até em caviar.
Às vezes a gente sonha alto.
Não custa nada…
O vinho custa cerca de R$ 550.
