Cerveja de Bandeja: Xingu relançada no Brasil com sua receita original, deliciosamente fresca e saborosa

A cerveja foi relançada com a receita original, e de olho no mercado internacional com seu apelo amazônico – Foto de Bruno Agostini®

Durante a Copa fui reapresentado à cerveja Xingu com o seguinte esclarecimento do amigo Danilo:

– Estão relançando a Xingu, com a receita original.

Confesso que não me animei muito, porque não sou muito fã de Dark Lager e ainda por cima a Kaiser/Coca-Cola arruinou a marca, bem como o Bar Luiz, quando fez contrato de exclusividade, usando a Xingu como opção escura (saíram das torneiras do histórico bar alemão o chope da Brahma, que era servido desde o início – mas essa história merece até um post à parte, o que farei. O assunto aqui é a nova Xingu, que é o que interessa).

Sem entusiasmo algum, vi me servirem uma taça, a apreciei a espuma e a coloração da cerveja, que ia de tons escuros até outros caramelados, da mesma forma que o aroma entrega sutis aromas de café e de caramelo, características do estilo, marcado pelo tostado do malte, também achocolatado, que também mostra tons de toffee.

A cerveja consegue ser leve e cremosa, refrescante e fácil de beber. Há delicadas notas de passas frescas, além algo amendoado, e agradável amargor, tudo em perfeito equilíbrio com o lúpulo Hallertau, que traz um frescor necessário, e completa bem a linhagem dos perfumes, que é marcada pelas notas mais escuras já citadas, do tostado e do caramelo, conferindo um pouco de flores e ervas, entregando um tanto de primavera à taça – sim, eu bebo em copos de vinho branco a maior parte das cervejas que experimento. Tem surpreendente complexidade.

Seus 5,2 % de álcool lhe dão certo corpo, que se junta à densidade do equilibrado açúcar para deixar o vinho com uma surpreendente estrutura, que alia um pouco de força com delicadeza. Aquilo que chamamos de elegância.

Ela se intitula “Smooth as Silk”, ou seja, macia como a seda. É verdade. Mesmo.

Achei uma excelente cerveja para acompanhar um churrasco, dialogando bem com o defumado das carnes. Sim, dei a sorte de provar na Churrascaria Palace.

– Eles têm foco no mercado externo, onde a Xingu sempre fez sucesso – completou o Danilo.

Antes de escrever, fui pesquisar mais um pouco. Vi que o empresário que criou a cerveja, Cesario Mello Franco, recomprou a marca da Heineken. E que o projeto tem envolvimento de uma startup cervejeira e do mestre Paulo Schiaveto, um dos mais respeitados do país, o que faz entender facilmente a qualidade destacada da bebida.

Recomendo, e muito. E olha que não sou fã de Black Lager… Se topar com uma, prove: #vaipormim

 

 

2 commentários
  1. Valeu Bruno, fui o 1º artesanal no Brasil, comecei em 88, e só agora tenho o privilégio de vender as Xingu aqui, temos também a Xingu Gold, que gostaria que vc provasse, e vamos ter mais 2 estilos este ano, distribuição da Interfood. Abraço grande.

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