Eu estive na inauguração da Taberna Sardinha. Voltei umas duas semanas depois, e isso já tem um mês.
Era uma quarta de noite. Cheguei logo após a abertura, tipo 18h, e a casa logo ficou cheia completamente. (No início abria só para o jantar durante a semana, mas agora já funciona para o almoço).
Está certo que é pequena. Mas tem ficado lotada o tempo todo.
Agora já abre para almoço.
Eu apenas petisquei nas duas vezes em que estive lá.
Bolinhos de alheira são pedida essencial. E também as petingas fritas – ou manjubinhas. Seria um tempurá, se estivesse no Japão, porque a origem dessa fritura é portuguesa, sabia?
Eu já preciso voltar, e logo, ao menos para comer o bacalhau à brás, servido numa louça linda, que valoriza a apresentação, coroada por gema de ovo. É o primeiro na lista da seção “Para encher a mula”, com os pratos principais, como a chanfana de cordeiro, segundo o menu “Inédito no Brasil”, a espetada de tamboril com gambas (camarões) e o polvo à moda das Beiras, com batatas ao murro.
Mas, vamos ao começo.
“Para forrar a barriga” é o setor do cardápio com petiscos frios, como a Tábua Sardinha, com presunto, chouriço e queijos, vinagretes de polvo e mexilhões e punheta de bacalhau.
“Sandochas” são três homenagens ao Conde Sandwich, em forma de bifana (de porco, marinado em vinho branco e mostarda), patanisca de bacalhau (que boa ideia!) e prego, de filé com queijo.
Os “Clássicos dos Balcões” são petiscos quentes. Friturinhas, sim, em sua maioria. Há os já famosos bolinhos de alheira, as sardinhas, lulinhas e petingas (manjubinhas) fritas e o presunto tipo Arganil, que não conheço, mas como é assado na bagaceira, eu já quero. Fora isso, seria um crime não pedir os camarões à Bulhões Pato, clássico da cozinha lusitana, só que preparado com amêijoas, em preparo com fartura de azeite e alho.
Há um prato infantil, “Para os putos charilas” antes do menu acabar com as sobremesas: em “De lamber os beiços” podemos pedir os melhores pastéis de nata que já comi por aqui, do Portugo, que pode vir com sorvete de canela e crocante, além de mousse de chocolate.
Eu sempre gostei de Sardinha, e desta taberna o apreço bem já desde o nome. E do sócio, o português Gonçalo Carvalho, agitador gastronômico, fundador da Hamburgeria da Alfândega, da Low Fire Smoke House, da Oggi Pizza Napoletana (vizinha ao Sardinha) e da Kebab House. Ele diz que não quer abrir mais nada, mas eu não acredito, embora ele seja dos caras mais admiráveis e confiáveis desse mercado de restauração. Qual é próximo, meu amigo?
SERVIÇO
Sardinha Taberna Portuguesa: Rua Aristides Espínola 101, Leblon. Instagram: @sardinhataberna (lá você encontra o menu).