Bruno Agostini
A Chandon vem preparando o terreno para as comemorações de seus 50 anos de Brasil, que serão comemorados em 2023 – a primeira vinícola do país dedicada integralmente à produção de espumantes foi inaugurada em 1973. Em 2020, lançou um rótulo safrado, de 2008, com produção superlimitada.
Agora, apresenta mais uma novidade para encorpar sua linha, o Blanc de Noir, 100% Pinot Noir, um espumante gastronômico, festivo e fácil de beber, que honra a tradição da marca na elaboração de borbulhas.
O vinho virou xodó de Philippe Mével, enólogo-chef da Chandon, e mostra as características de sua origem, a Serra das Encantadas, vinhedo que deu à empresa um certificado de viticultura sustentável, o primeiro do Brasil concedido a uma casa de espumantes.
Com boa presença de frutas vermelhas características de Pinot Noir, como cereja e framboesas, o vinho também traz notas florais, cítricas e muitas especiarias, como pimenta-do-reino branca e gengibre
O trabalho com as leveduras aparece com discrição, deixando a fruta surgir em primeiro plano, e as notas de panificação ao fundo.
O vinho mescla diferentes safras, priorizando as duas últimas, resultando num espumante jovial e fresco, com acidez bem marcada, e boa tomada de espuma, com rara delicadeza para um Charmat, mesmo que longo.
À mesa, mostra potencial de ser um vinho de grande versatilidade, podendo acompanhar pratos de pescados bem condimentados, desde uma moqueca à baiana até receitas picantes da Ásia, como curry vermelho de camarões, e outros preparos chineses, tailandeses e vietnamitas, por exemplo. Mas também acredito em seu natural entrosamento com o porco, seja também em pratos orientais, mas também em receitas europeias, como um bom eisbein, e também as brasileiras (com certeza vai bem com feijoada).
O vinho pode ser encontrado em sites por cerca de R$ 160 a garrafa.
