O Leblon está completando 100 anos. Em alguns dias haverá um evento bacana, na Dias Ferreira, para marcar a data. Daí que eu quis prestar minha homenagem listando os melhores lugares do bairro para comer e beber, na minha opinião.
Foi mais um esforço de memória do que de reportagem, pois todos os lugares já foram visitados nos últimos anos, e a maioria mais de uma vez.
Fui escrevendo, escrevendo, lembrando, lembrando. Quando vi já estava com mais de 50 lugares, entre bares, restaurantes, lojas de vinhos, cervejarias e tem até carrocinha de sorvete. Pelos próximos dez dias vou postar uma listinha, com uma dezena de lugares cada uma, somando 100.
Não teve como evitar lamentar algumas perdas.
Sentimos falta do Bozó, do Final do Leblon, do Garcia & Rodrigues, do Real Astoria, do Fiorentino, do Tio San, do Chico e da Alaíde, as pessoas, e do Chico & Alaíde, o bar. Sentimos a falta de um indiano na San Martin cujo nome esqueci… Natraj, lembrei. E o Kioske do Português, na praia, com suas caipirinhas matadoras.
Fora o Le Coin original, com seu salão repleto de história (por isso implico com o Filé do Lira, que ocupou o espaço). Mas sentimos falta, principalmente, do Antiquarius, e senti até uma pontinha de lágrima nos olhos nesse instante em que escrevo.
Mas, olha só que bom! O Claude está de volta do Leblon! Depois de temporada no Jardim Botânico, o chef francês mais amado do Rio voltou ao bairro onde ele abriu o seu primeiro restaurante, o Roanne, na Dias Ferreira, bem perto de seu xodó atual, Chez Claude, onde ele mostra a sua alegria de sempre, com cardápio saboroso e divertido, e lugar que revelou ao mundo sua pupila Jessica Trindade, um talento na cozinha.
Fora o Le Blond e a CT Boucherie, e em breve seu filho Thomas chega com o Olympe, no Hotel Ritz do Leblon. Os Troisgros estão de volta ao Leblon, e com tudo.
Fora que um sanduba no T.T. Burger, do Thomas, é sempre uma boa pedida, e não é diferente no Leblon.
Mas, já estvávamos falando em França, impossível não lembrar do Formidable Bistrot. Um lugares que adoro, para qualquer hora: podemos escolher itens do brunch, ou qualquer outra coisa, pois o bistrô do chef Pedro de Artagão é dos melhores lugares do Rio e sempre comi muito bel por lá.
Também adoro passar na Jeffrey e gastar o tempo provando cervejas deliciosas e diferentes, e curtindo alguma exposição, e papeando.
Passar na esquina onde está a Garagem da Roberta para comer um sanduíche, qualquer um, ou melhor, dois, ou três… Que lugar especial.
Com a escolta de uma boa pinga, é fundamental experimentar o escondidinho original, de carne seca com aipim e requeijão que foi criado na Academia da Cachaça (sim, o escondidinho nasceu aqui no Leblon e não no Nordeste, como muito pensam, mas logo a receita se espalhou pelo Brasil).
Outro programa fundamental, para mim: pedir para o Fábio Santos do Herr Pfeffer criar um menu harmonizado com cervejas e pratos alemães da casa, muito bons e com ingredientes de qualidade (prove embutidos e patês).
Numa tarde de inverno, comer uma torta no Kurt com um espresso ativa antigas memórias desde clássico do bairro, inaugurada em 1942. Ou seja, o Leblon hoje centenário só tinha 23 anos na época.
Amanhã nós continuamos, porque ainda faltam 90.