O Wine Bar Farrapos, em Copacabana, caiu nas minhas graças no meio do ano passado, quando conheci este pequeno restaurante, com cardápio português e vinhos de toda parte, com boa margem de preço.
Fiz um post na época e voltei muitas vezes (para ler, clique aqui), a ponto de me tornar amigo dos sócios.
Assim, nasceu a ideia de organizarmos degustações de vinhos e comidinhas, num bate-papo informal sobre gastronomia, enologia, viagens e temas relacionados.
A primeira data esgotou rapidamente, logo que anunciamos o programa, de modo que organizamos outra na semana passada.
Nos dois dias, começamos com o espumante Barão Barros brut (@baraobrut), produzido em Farroupilha, no Rio Grande do Sul.
Eu abria mais ou menos assim a minha fala:
“Este espumante tem uma característica interessante, que é o corte. São três uvas tradicionais para a produção deste tipo de vinho. A Chardonnay, de Champanhe; a Prosecco, que hoje deve ser chamada de Glera, porque a área do Vêneto conseguiu proteção junto à União Europeia há cerca de dez anos; e a Riesling Itálico (não confunda com a Renana, da Alemanha e Alsácia), muito usada aqui no Brasil.
O Barão Barros mescla as três variedades, com 50% de Chardonnay e outros 25% de cada uma das outras duas uvas.
Com 12,5% de álcool, é um espumante leve e descontraído, com perlage fina, ainda que seja produzido através do método Charmat, mas não muito abundante e persistente. Tem aromas agradáveis de frutas cítricas, como abacaxi e limão, além de flor de laranjeira.
Eu, no evento citado, servi com ostras frescas, para começar. Fez sucesso. Muitos, ao final, pediram uma garrafa para continuar bebendo e petiscando.
Pudera: um vinho fresco e redondinho desse, a R$ 82, preço do bar, com ele servido no balde de gelo, num dia quente do verão carioca… Tá barato demais.
O Farrapos fica na Rua Anita Garibaldi 83, em Copacabana. Você pode ligar no 3518-2654 ou (21) 99121-0800. Instagram: @farraposfarrapos.
Certa vez, eu com uma mesa de amigo levamos uma dessas garrafas para a tasca Ora, Pois (@bar.orapois), na Barra. Acompanhou muito bem um clássico da casa, herança do Antiquarius, de onde saiu relevante parte da equipe (é o mesmo time-base do Gajos d’Ouro): os camarões à Zico. De um modo geral, pode ir sem erros eu saladas, pratos com pescados e frangos, quiches.
Também indico que se utilize para fazer um clericot ou outros desses coquetéis que tanto combinam com o verão.