Há alguns anos a vinícola Casa Valduga criou uma cervejaria, Leopoldina, ao perceber o crescimento desse mercado no Brasil. E acertou na mosca. A marca lançou uma linha consistente de rótulos, com estilos clássicos: Pilsner, Wit, IPA, APA, Red Ale, Porter, além de edições especiais e limitadas, em garrafas de 750 ml (Tripel, Russian Imperial Stout, Old Strong Ale, entre outras).
Unindo os dois universos, este ano a empresa lançou a, que foi produzida durante a vindima, usando mosto de uvas Chardonnay da DO Vale dos Vinhedos. Foi das melhores cervejas que provei recentemente, com 8,5%, saborosa, seca, frutada, cítrica, refrescante e com notas de especiarias, como se espera de uma Saison, que serviu de base para essa cerveja, realmente fora de série, que se enquadra no estilo Fruit Beer – um estilo em alta nos últimos anos na Itália (neste link você encontra um bom texto sobre o assunto).
Para comer, pratos asiáticos apimentados, como frango ao curry, por exemplo, além de queijos intensos e embutidos, de preferência as mais condimentados, como salames com pimenta e chorizo espanhol carregado na páprica, além de carnes defumadas. Fora isso, imagino que ficaria ótimo com pratos a base de peixes e frutos do mar, especialmente com uma pegada asiática, passeando por Tailândia e Vietnã, por exemplo.Leopoldina
Beba como o indicado na foto, em taças bojudas de vinho branco da Borgonha. Custa R$ 59,90 no site da Valduga.
Impossível não me lembrar de Teo Musso, da Baladin, cervejaria nascida no Piemonte, região vinícola italiana preferida, e uma das primeiras no país a apostar na união de vinho e cerveja, com alguns rótulos que passam por barricas usadas anteriormente para maturar vinhos, como as linhas Lune e Terre, ambas safradas. É uma das marcas do ramo mais admiradas por mim, e que já foi tema de postas neste site (para ler, clique aqui).