Eu nem era apreciador de cervejas, ainda, quando abriu as portas o Delirium Café, em Ipanema. Era o ano de 2010. Eu só bebia vinho, mas sabia da importância deste bar, um clássico de Bruxelas, famoso por ter a maior (ou uma das maiores) cartas de cervejas do mundo.
Ter um desses perto de casa me atraiu algumas vezes até lá. Nem sou capaz de me lembrar o que eu bebia. Bem que gostaria.
Foi só lá por 2012 que comecei a me interessar pelo tema, depois de degustações no Bazzar, de visitas ao Belgian Beer Paradise e outros bares do ramo, como o Colarinho.
Mas, tudo começou a mudar quando passei a ser frequentador do Herr Pfeffer e me tornei amigo do Fabio Santos, o Fabinho, que foi me apresentando a pessoas especiais e garrafas idem.
Uma dessas noites memoráveis aconteceu ali no Delirium Café, por volta das 2h da madrugada, com as portas já arriadas. Abrimos uma garrafa de Duchesse de Bourgogne e outra de Bourbon County.
Minha vida mudou dali em diante no que se refere à cerveja, e passei a ver a bebida com outros olhos. Isso aconteceu no Delirium Café, há dez anos. Logo, tenho especial apreço pelo lugar, que frequento com regularidade.
Pode ser uma parada com pressa, na happy hour, entre um compromisso e outro, só para beber uma IPA da excelente promoção deles, com preços imbatíveis. Aliás, a promoção é diária, incluindo sábados, domingos e feriados, ou vésperas. Tem Pilsner a R$ 7,90, IPA a R$ 9,90 e por aí vai. Alguns rótulos são fixos, outros variam. E alguns não entram na oferta da hora feliz.
Mas gosto mesmo é de ir com calma, com tempo para comer. Pode ser só um belo Burger, tão vistoso quanto delicioso.
Mas, melhor mesmo é me sentar com o Sergio Siciliano, o experimentado sommelier da casa, que sempre propõe superinteressantes combinações entre cervejas e petiscos. Com especial apreço pelas sours, ele traz à mesa exemplares especiais, sobretudo da produção nacional. E faz harmonizações certeiras.
O menu é adequado, com burgers e petiscos, como a já famosa entre os cervejeiros linguiça da diretoria, incluindo mexilhões bem preparados e algumas referências cervejeiras, como fish ‘n’ chips, e baby beef na cerveja.
O lugar é quase uma academia da cerveja, e lá ainda acontecem aulas e degustações, em quantidade bem menor do que antes da pandemia, claro. Mas sempre tem coisa rolando. Há algumas semanas atrás teve uma vertical de Gouden Carolus Cuvée van de Keizer, com várias safras deste monumento cervejeiro. Esgotou-se em minutos quando foi divulgada nos grupos do bar.
Pois o Delirium é assim, para mim. Um lugar especial, de celebração da cerveja e de se estar com amigos.
SERVIÇO
Delirium Café: Rua Barão da Torre 183, Ipanema. Tel. 3215-1494. Instagram: @deliriumcaferj www.deliriumcafe.com.br
O MENU