Tenho escutado rumores de que a fábrica da Mistura Clássica estaria à venda. Torço para que não seja verdade, porque essa se tornou, nos últimos anos, uma de minhas cervejarias preferidas. Em parte, justamente por conta do belíssimo trabalho feito na marina Verolme, em Angra dos Reis, onde montaram uma cervejaria de alto nível, e incrementaram a produção com vários rótulos, que se somaram a outros clássicos da marca, como IPA Vertigem, a Imperial IPA Amnésia, a Tripel Beatus e a Imperial Stout Layla – para citar os de que mais gosto. Entre as boas novidades estão as New England IPA, como a Crazy, mas principalmente a linha com três variações do primeiro estilo brasileiro, a Catharina Sour, cervejas ácidas com adição de frutas: no caso, goiaba (lançado em 2018), açaí e a combinação entre pitanga e acerola (ambas lançadas no começo do ano).
Numa tarde de sol deste final de outono, abri uma lata dessa última citada, com pitanga e acerola. Que delícia, que frescor, que elegância. Quase um suquinho, deliciosamente ácido e refrescante, tem acertado equilíbrio, entre acidez, açúcar e amargor. Tem uma coloração linda, alaranjada, resultado das frutas. Foi das melhores cervejas que provei recentemente.
Mais um fruto do trabalho do Marcos Guerra, mestre cervejeiro que ampliou a linha de rótulos da Mistura Clássica, com especial dedicação às cervejas ácidas, que estão em alta no mercado, e posso dizer que estão entre os meus estilos preferidos.
Custa entre R$ 12 e R$ 15, nos mercados. Vale procurar.
Para saber mais sobre o estilo Catharina Sour, reconhecido no ano passado pelo BJCP (Beer Judge Certification Program), clique neste link, em português; ou neste, inglês, bem completo, com todos os parâmetros técnicos. Tem ainda este link aqui, para reportagem sobre o reconhecimento do estilo.
Mais informações no (24) 3361-2179 e no site www.misturaclassica.com.br.