Recordações de um steak tartare: a primeira vez na Taberna Alpina

O tartare é finalizado à mesa – Foto de Bruno Agostini®

Eu não me lembro qual foi a primeira vez que eu fui na Taberna Alpina.

Porque as minhas mais velhas recordações já me colocam ali dentro.
Mas tem um dia que me recordo perfeitamente: quando fui apresentado e comi pela primeira vez um steak tartare.
Que estranho, carne crua.
Eu pensei.
Provei e gostei.
Mas, hoje, isso não importa.
O que prevalece é a memória.
Remoendo os neurônios encontrei o lugar exato do encontro.
A memória da infância e adolescência é impossível de acabar.
Fica entranhada.
Estava na mesa ao lado daquela em que fui apresentado ao prato universal.
Que inclusive está na moda.
Abri o baú da vida que existe na minha cabeça.
Preciso voltar.
Sentar no mesmo lugar.
Pedir um tartare.
Eu não sou mais a mesma pessoa.
Nem o mesmo prato existe.
Mas, é o mesmo.
Mesmo que não pareça.
A receita não muda.
Nem nós mesmos.
O que muda é o mundo.
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