Cama e Mesa: Belga Hotel, criado para divulgar as delícias do país da cerveja

A história chega a ser divertida, e até então inédita para mim. Uma entidade de divulgação da Bélgica, como destino gastronômico e cervejeiro, comprou um prédio no Centro do Rio, que me definiram como pardieiro, inferninho, puteiro e outros adjetivos pouco generosos.

Para trabalhar a promoção do país de maneira original (penso que uma aplicação do conceito de branded content, assim como temos hotéis Armani, Bulgari e outras marcas de luxo), reformaram o prédio e o transformaram em um simpático hotel, quase butique.

A fachada do hotel, na Rua dos Andradas, no Centro – – Foto de divulgação / Fabio Alves

No térreo funciona uma simpática brasserie, com comida realmente boa, com preços justos e uma excelente carta de cervejas. Um lugar de fato bom, diferente e recomendável, mas que ainda não foi descoberto pelos cariocas. E eu penso que merece, sim, uma visita para conhecer o restaurante (o hotel tem quartos pequenos mas bem jeitosos, com boa estrutura e conforto, com diárias a bons preços,  e uma localização com prós e contras: vi diárias a R$ 131 em sites de busca).

Aposte nas sobremesas de chocolate. belga, é claro – Foto de divulgação

Mas a premissa desta coluna “Cama & Mesa” é selecionar hotéis e pousadas que tenham restaurantes mais do que legais. Porque se tem uma coisa ótima é terminar um bom jantar e subir pro quarto para dormir. Essa é a lógica. Podemos até indicar um hotel de padrão mediano, mas o restaurante tem que ter sido testado e (muito) bem aprovado. Senão não entra aqui.

Chef belga que vivia em Manaus foi achado através do Google

Claro que os grandes hotéis também entram, e teremos nos próximos meses resenhas de vários deles. Do Le Meurice, em Paris; ao Mandarin Oriental, em Barcelona; passando pelo Four Seasons de Nova York, a estrutura do The Shard, em Londres, além dos cariocas Copacabana Palace e Fasano entre tantos hotéis que mais que locais para dormir, são destinos em si, onde podemos passar dias sem sair, aproveitando a estrutura e os seus restaurantes.

Ao começarem a programar o restaurante, foi óbvio procurar o chef Frédèric de Maeyer, que à altura estava no Eça. Daí, via Google, descobriram um cozinheiro belga vivendo no Brasil, com serviço de bufê e jantares em casa, em Manaus.  Trata-se de Alexandre Binard,  gente boa e competente, que monta diferentes cardápios, que variam do almoço para o jantar, e uma vez por mês – aos sábados – há uma muito agradável tarde de “moules et frites” (na foto de abertura do post), regada a vinho branco e cerveja.

As fritas impecáveis – Foto de divulgação

No almoço executivos são três ou quatro entradas, e o mesmo número de pratos e sobremesa.  Repare nas ótimas batatas fritas, que honram a tradição do país, e estão sempre a guarnecer algum prato executivo.

Não deixe de pedir – Foto de Bruno Agostini (do Instagram @brunoagostinifoto – siga também @menu_agostini )

Outro clássico do país, os croquetes de queijo, com interior muito cremoso e casquinha crocante, também estão sempre em cartaz.

O livro sobre os petiscos – – Foto de Bruno Agostini

O tempo todo há um menu com lanches e petiscos, de crepes e quiche e muito doce com chocolate. De noite, além do menu de almoço, temos as Bapas, que é a contração de cervejas belgas com tapas. Ou seja, são petiscos típicos do país, harmonizados com cervejas, e às vezes até preparados com elas. Acredite, não é invenção do hotel, e lá se encontra um livro para comprovar isso.

SERVIÇO
Rua dos Andradas 129, Centro, Rio de Janeiro. Tel. (21) 2263-9086.

 

 

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