Há duas linhagens de milanesas na Itália:
Uma é com a carne batida, fininha, chamada “orecchia di elefante” (orelha de elefante), pelo formato e espessura fina que toma.
(Leia aqui: o surreal bife à milanesa do Cipriani, e o almoço que passeia pela cozinha de rua da Itália).
(Leia aqui: o surreal bife à milanesa do Cipriani, e o almoço que passeia pela cozinha de rua da Itália).
Outra é com o bife em sua forma natural, com entre um e dois dedos de altura.
Eu gosto de ambos os preparos. (Fiz uma lista com as que considero as melhores milanesas do Rio, seleção carioca na qual incluiria a do nando, certamente).
É mais fácil encontrar a primeira, e aqui no Brasil é mais comum usar patinho, coxão mole e mesmo alcatra (na Itália é costeleta de vitelo). Alguns usam filé mignon.
É o caso do meu amigo Alexandre Luz, do Nando Comida Descolada, no Alto, Teresópolis.
Ele faz a versão alta, com resultado muito bom. Empanado na panko, o milanesa tem a casquinha crocante, e o miolo da carne fica macio, suculento, vermelhinho… Milanesa malpassado é tudo. Cabem vários acompanhamentos: saladinha de tomatinho e rúcula, purê, risoto de açafrão (ou alla milanese) – e também risoto de limão siciliano fica bem interessante. Na tradição germânica, do “wiener schnitzel” o comum é servir com salada de batata. E assim acontece no Nando.
Recomendo.
Também tem versão parmegiana da milanesa, além de sanduíche de rabada, que estou doido para provar. O cardápio muda com certa regularidade, mas algumas coisas, como o milanesa, estão sempre lá. Como, além dos já citados acima, a costela de porco laqueada com mousse de batata; o polvo à lagareiro; o croquete de carne e a rabada com batata e agrião. Para encerrar, a onda do momento é o cookie com sorvete e farofa de bacon.
Outro dia gravamos um vídeo lá sobre a milanesa. Deixo aqui o link. (Com uma ressalva que não me toquei de fazer logo na abertura: não trabalho, trabalhei no Globo etc).
O bar tem uma ambiente bem legal, é meio mercado, com espaço para venda de vinhos e conservas e embutidos, é também um pouco antiquário, com vários móveis e objetos à venda. Tem muita referência cervejeira, e perguntei de onde vinha aquilo:
– Era do Xavier Depuydt, do Belgian Beer Paradise. Comprei dele quando saiu do Brasil – contou o cozinheiro, que garimpa essas peças, além de carros antigos, e mesmo apenas a frente deles, com essa Kombi vintage azul e branca que dá alegria à casa, bem como a geladeira amarela.
O MENU (Para aumentar a foto, basta clicar nela)
SERVIÇO
Nando Comida Descolada: Avenida Oliveira Botelho 86, Alto, Teresópolis. Tel.: 21-98499-4999. Facebook
Nando Comida Descolada: Avenida Oliveira Botelho 86, Alto, Teresópolis. Tel.: 21-98499-4999. Facebook
2 commentários
Na minha última ida ao El Chaco estávamos em 7 pessoas. Das 7, 3 pediram milanesas achando que seriam iguais as de Buenos Aires, mas não. Eram feitas com panko. Isso estragou a milanesa. Nenhum dos 3 gostou. Eu provei e não gostei. Portanto milanesa com panko só em comida japonesa. Milanesa tradicional de agora em diante só SEM panko. A não ser que o El Chaco não tenha feito corretamente
ah ah ah Eu provei e gostei, panko tá na moda, tem até farofa rsrsrs