Difícil demais seria escolher “o melhor dia da viagem à Galícia”, porque todos os dias havia zamburiñas, que são vieiras menores e ainda mais saborosas e delicadas, tentáculos tenros de polvo e muito Alvarinho. E muito mais… Nem me atrevo. Mas, o terceiro dia foi muito especial.
Fomos cedo para La Coruña, uma das cidades mais importantes da região, referência histórica na navegação do Atlântico Norte. Brasileiros que gostam de futebol têm ainda mais interesse pelo lugar, por conta do excelente time do final dos anos 1990 e início de 2000, que teve como jogares de destaque Bebeto, Rivaldo, Djalminha e Mauro Silva, entre outros (esse ano, subiu da Terceira para a Segunda Divisão da Liga Espanhola). Começamos passeando pelo charmoso centro histórico, com seus prédios envidraçados que lhe renderam o apelido de Cidade de Cristal.
Dali, fomos visitar a Torre de Hércules, o farol romano mais antigo do mundo ainda em funcionamento, com 2 mil anos de atividade, construção histórica declarada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Impressionante ali a força da natureza: os ventos uivantes, capazes de nos impedir de caminhar, praticamente, e das águas do mar batendo com vigor das pedras. deve vir dali a expressão “onde o vento faz a curva”.
O almoço foi dos melhores, no restaurante Árbore da Veira, que ostenta, com razões de sobra, uma estrela do guia Michelin. (www.arboredaveira.com). Tão bom, que detalhes em conto em breve, pois merece post à parte.
Então, saímos para continuar o passeio pela cidade, desta vez numa área mais comercial, pois havia demandas de compras no grupo.
Era a hora de pegar o ônibus para visitar a o mueu MEGA (Mundo Estrella Galicia), primero e único dedicado à cerveja na Espanha, empresa fundada em 1906 pela família Rivera, na cidade. Ali, entre muitas coisas, ficamos sabendo que vão abrir uma fábrica no interior de São Paulo. Muito boa a visita, que terminou com uma degustação de cervejas tiradas por nós mesmos, e uma prova harmonizada com conservas do mar, queijos e embutidos. Delícia. Vai render post à parte também, na próxima semana, dentro da coluna Cerveja de Bandeja, publicada às terças.
Na volta à cidade, ainda paramos em um bar de tapas, El Rey del Jamón, para umas taças de vinho, jamones, chorizos, queijos etc.
O hotel foi seguramente o melhor da viagem, o confortável e bem localizado NH Finisterre, um cinco-estrelas com café da manhã dos melhores. (www.nh-hoteles.es/A-Coruña/Finisterre). Quando chegamos, ainda paramos no bar: pedi um lindo Jerez, para encerrar a noite em grande estilo. Pra melhorar, fizemos amizade com um empresário, através do Jerez: ele não conhecia muito bem esse vinho gigante, eu expliquei, ele gostou, e pagou a conta de todos.
Dormi muito bem, obrigado.