DOS CAMINHOS DE PEDRA À SELVA DE PEDRA
* Em algum momento de 2015 vim a São Paulo visitar uma vinícola e acabei indo parar num jantar de apresentação da @acasadoporcobar uma noite antes da abertura. Com @janainarueda1 e @jeffim_rueda
Foi alucinante. Revolucionário. Inédito. Suíno.
Esse semana o vinho de novo de me trouxe pra cá. Como num déjà vu, acabei do mesmo modo no restaurante que entre as duas visitas alcançou merecido reconhecimento mundial.
Jantei sozinho, na mesa da chef Dona Onça- que há pouco renovou o menu, criado a muitas mãos com mulheres de seu time.
Preservou alguns ícones da casa, como o sushi de papada, e deu ritmo fluido à degustação, que acerta na mosca no ajuste entre comida e bebida.
Não vou entrar no clichê de falar de delicadeza, porque isso não importa. O que existe ali é carinho, frescor, energia e brasilidade, desde o vermute caseiro de jaboticaba aos vinhos de @luishenriquezanini da @era.dos.ventos que eu igualmente tive a sorte de conhecer em primeira mão (no verão de 2009!!!).
O que vivi ontem foi um sonho que começou lá nos Caminhos de Pedra, há mais de 13 anos.
O que une @acasadoporcobar e @era.dos.ventos é uma vontade de mostrar ao mundo um Brasil novo, que faz vinho e torresmo, pelas mãos de gente jovem, com sentimentos revolucionários, firmes propósitos e muito, mas muito talento e coragem.
Do fundo do coração queria agradecer aos envolvidos pelo que fazem por este maltratado país.
Ah, se todos fossem iguais a você.
Obrigado por ajudar a proporcionar o momento, @mariavargasmaria
Há noites de glória, e ontem vivi uma dessas, um acontecimento que fechou um ciclo, fazendo existir sentido naquela tarde quente numa garagem gaúcha de 2009.
Dos Caminhos de Pedra à Selva de Pedra, a uva, o porco, o Brasil, os admirados amigos.
Queria aplaudir efusivamente.
De pé, e por longos minutos.
* Texto escrito para o Instagram @brunoagostinifoto
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Fiz este texto ainda tocado pelo jantar de ontem n’A Casa do Porco, no Centro de São Paulo.
Um menu impecável, coerente e bem executado, onde brilha muito mais do que a comida. Vale destacar o serviço de bebidas, e as harmonizações, só com cervejas, vinhos e outros etílicos nacionais. Um dos destaques foram as duas cervejas da Trilha, que lustraram a comida de modo exemplar.
Ainda em breve vou falar da colab com a Vivente, através da Cuvée Trilha & Vivente Blend Saison 2021, que é resultado da mescla da Saison Alice com um Sauvignon Blanc natural, dando origem a uma das melhores cervejas brasileiras, ou dos vinhos mais marcantes do país, você decide, é mais que um blend, mas uma bebida híbrida (mais informações neste link, onde você também pode comprar uma garrafa de 750 ml a R$ 135 quando estiver novamente disponível).
Foi interessante antes ter degustado a Saison Alice, receita que serve de base para a Cuvée, mostrando que são especialistas no estilo, e que sabem fazer parcerias certeiras com o mundo do vinho.
Não-pasteurizada, leve e refrescante, ela leva flor de laranjeira e semente de coentro, o que lhe empresta tons de witbier, e um terço passa por barricas de vinho, dando complexidade. Com 6,2% abv, é uma cerveja com bom corpo e extremamente aromática, onde encontramos notas florais e cítricas dos aditivos botânicos, com toque de especiarias, sobretudo gengibre, além de notas de leveduras.
A cerveja acompanhou um prato grandioso: mandioca em diferentes texturas, com bacon, caldo de porco e um nervoso e delicioso sorvete de tucupi.
Foi um capítulo à parte dentro de um jantar memorável.
Neste link você pode comprar a cerveja, por R$ 39.