O chef peruano Marco Espinoza, aquele que não para, algumas vezes citado aqui neste Instagram e lá no site Menu Agostini, foi um dos que se destacaram nesses tristes tempos de pandemia ao abrir novos negócios, como o Lima da Tijuca, e uma operação chamada Meu Galeto, só para delivery, aproveitando a boa estrutura montada em suas duas casas de Botafogo, o peruano Lima e a parrilla argentina (ele estudou gastronomia e morou anos em Buenos Aires) El Chaco – ambos eu recomendo com força.
No Peru o “pollo asado” (frango assado) é um dos pratos mais adorados, e são milhares e milhares de casas dedicadas ao gênero por todo o país. Juntando essa tradição com o hábito do carioca de comer galetos nasceu essa casa, que usa o tempero de influências asiáticas, com sucos de laranja e de limão, gengibre, pimentas, cebola, alho, ervas, somando quase 20 itens na marinada. Assado na brasa…
O resultado é um galeto macio, saboroso e suculento, que pode ser pedido com vários acompanhamentos bem brasileiros, e algo peruano, como a batata-doce gratinada com queijos e mel de melaço (R$ 19). De tintas verde-amarelas temos banana à milanesa (R$ 9) e farofa de ovo (R$ 22). Comum aos dois países, arroz branco (R$ 8) e batatas fritas (R$ 15). Há, ainda, risoto de pimentão e mozzarella (R$ 26) e calabresa com milho e cebola entre outras guarnições. Boa pedida é a caesar salad (R$ 16) e a maionese (caseira) de batata (R$ 22).
Molhos são cinco (incluídos no preço): vinagrete, pimenta da casa, maionese da casa, chimichurri e BBQ).
Há petiscos, como pão de alho (R$ 7), linguiças (suína e suína apimentada, a R$ 7,50), além de frango à passarinho (R$ 35).
Para fechar, pudim (R$ 14) e doce de pão, típico do Peru: pedaços dormidos e molhados com café com leite, servido com chantilly caseiro de café e chocolate.
Nunca um restaurante carioca foi tão peruano. Ou seria nunca um restaurante peruano foi tão carioca.
Pra encerrar, resumindo: é o melhor galeto do Rio. Vai por mim.
SERVIÇO
Meu Galeto: Link do iFood (está cotado em 4,9! no dia 22/9)
1 comentário
Boa noite Bruno. Sou viciado em galetos na brasa. Mas quem não é? Em 65 anos de vida ainda nao visitei várias cafeterias, e as que mais aprecio atualmente são os da Adega Flor de Coimbra (rua Paula Freitas) e o Príncipe dos Galetos (rua da Assembleia). Só como galetos entre mal passado e o ponto, um pouco mais para o ponto. Isto talvez explique minha implicância com várias galeterias que nao conseguem este ponto. Eles chegam à mesa muito passados e são devolvidos por mim. Não posso contudo terminar sem elogiar o melhor tempero de galeto do Rio: o do Braseiro, na Domingos Ferreira entre Constante Ramos e Barão de Ipanema. Há uns 20 anos a prefeitura proibiu o Braseiro de usar churrasqueira a carvão, impondo uma chapa com chama a gaz. Mas não utilizou o mesmo critério para os vizinhos concorrentes. Hoje, mesmo sem o defumado inigualável do carvão, continua um excelente galeto.