Tão distantes no mapa, e tão diferentes no jeito de ser das pessoas, o Japão e a Itália convergem perfeitamente quando o assunto é gastronomia.
Se o Japão tem sushis e sashimis, a Itália tem os crudi (peixes crus). Tartares também encontramos nos dois países.
Se o Japão tem o lámen, a Itália tem o capeletti in brodo.
Se o Japão tem o guioza, a Itália tem o raviolone.
Se o Japão tem o tonkatsudon, a Itália tem a milanesa.
Se o Japão faz do arroz seu principal e onipresente ingrediente, a Itália tem toda uma linhagem de risotos.
Se o Japão ama o uni, a Itália idolatra a riccia di mare.
Se o Japão tem o karasumi a Itália tem a bottarga.
Se o Japão tem shiitake e shimeji a Itália tem porcini – que, conhenhamos, vale por dois.
Se o Japão tem o missoshiro, a Itália tem o minestrone.
Se o Japão tem togarashi, a Itália tem a calabresa.
Se o Japão tem yakitori, a Itália tem os spiedini.
Se o Japão tem os tempurás a Itália tem o fritto di mare.
Se o Japão tem o saquê e o shochu, a Itália tem o vinho e o grappa.
Se o Japão é uma ilha, a Itália é quase isso, península conectada à Europa por relativamente pequeno pedaço de terra, e cercada por água por todos os lados.
Não à toa são as minhas duas cozinhas preferidas no mundo, e poderia perfeitamente passar o resto da vida só comendo pratos japoneses e italianos.
Outro ponto em comum: tanto o Japão quanto o Japão quanto a Itália foram fortemente influenciados pela cozinha da China.
Não preciso de mais nada além do que citei acima para ser feliz.
1 comentário
A culinária italiana tem mais a ver com a chinesa do que a japonesa na minha opinião, mas é um ótimo ponto de vista. Mas a coisa mais interessante que encontrei nas minhas comparações foi a colatura de alici, da região da Campania, que é um tempero bem semelhante ao nam pla tailandês, um molho de peixe feito de anchovas fermentadas, mas os dois não têm nenhuma relação de criação através da importação do outro, sendo que o italiano vêm de um condimento da Antiga Roma chamado garum.