Bom dia!
Quando criança, nos fins de semana, sempre ia tomar café da manhã reforçado com meu pai numa casa de sucos na praça General Osório, em Ipanema, antes da praia.
Eu variava os pedidos, que podiam ter salada de ovos, misto quente e suco de manga ou pera, entre os itens preferidos. Mas o que mais gostava e comia era o filé com Palmira, este queijo cujo nome homenageia uma cidade mineira, hoje rebatizada de Santos Dumont, origem da versão brasileira do Edan, que serve de inspiração para ele, também conhecido como queijo reino, de massa semidura e casca avervelhada, tradicionalmente embalado em latas de metal com bonito acabamento gráfico. O queijo Reino Palmyra, grafia original, é muito comum no Brasil desde os tempos do Império, quado começou a ser produzido, inspirado no Edan holandês, que fazia sucesso aqui entre as famílias mais ricas, importado por portugueses, que o armazenavam em barricas de vinho do Porto, daí a colocação tinta da casca (aqui passamos a usar urucum).
É considerado o primeiro queijo curado industrializado do Brasil, e muito popular nas famosas casas de suco da cidade, sendo usado neste sanduíche clássico dessa instituição carioca, lugar de café da manhã e lanches, algo que está no DNA do morador da Zona Sul do Rio, e ponto de visita obrigatório aos turistas que querem experimentar o que é ser ipanemense.
O sanduíche de filé com Palmira era o preferido da infância, servido cortado ao meio, ideal para ser compartilhado, que era o que eu geralmente fazia com meu pai. Para beber, meu suco preferido, de longe, era Tutti-Frutti, combinação que pode variar de casa para casa, mas que tem laranja, maçã, mamão e banana como espinha dorsal de sua composição básica, que comumente pode ter, ainda, morango.
Hoje vim começar o dia fazendo essa conexão com o passado, na Polis Sucos da praça Nossa Senhora da Paz, em ipanema.
Foi deliciosamente emocionante, ou emocionalmente delicioso.
Como sempre.
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P.S. – Este post foi escrito para o meu Instagram: @brunoagostinifoto (aproveita e segue lá).