Seleção Carioca: uma lista com as melhores mousses de chocolate do Rio

A versão salgada de Alberto Landgraf: marcante – Foto de Bruno Agostini

Se me perguntarem qual é a melhor mousse que já provei, certamente seria uma versão salgada, de autoria de Alberto Landgraf: mousse de ouriço com pó de café e sagu de milho verde. Um prato marcante, quando fui apresentado ao chef paranaense, hoje dando show no Oteque. Não esqueço daquilo.

A mousse clássica do Puro – Foto de Bruno Agostini

Gosto de mousse servida na mesa, preparada dentro de um pote, e servida na colher. Não é só questão cênica: tem efeito prático, em vasilhames maiores a tendência e conseguirmos uma textura mais aereada. É assim no Puro, acho que a melhor mousse clássica da cidade.

A família Troisgros gosta tanto do doce que até onde sei tem uma versão em todos os restaurantes (no momento, exceto na Chez Claude). Tem nos CTs Brasserie e Boucherie e também no Le Blonde. Em versão tradicional também, servida na colher. Não nos esquecemos do Olympe. Lá o doce aparece em forma de fudge meio amargo, com gengibre, mousse de chocolate crocante e caramelo salgado.

Bicolor, a versão do Formidable sozinha já vale a visita – Foto de divulgação / Fernanda Cotta

Mas, para um sujeito que é doido por pistache, a versão bicolor do Formidable Bistrot é um assombro, com ganache de chocolate e farofinha de pão.  O que já é ótimo fica ainda melhor com o sabor e a untuosidade do nobre fruto verde. Servido também no pote, chega ao salão brilhando, e a colherada que o coloca no prato esparrama a massa aerada e ao mesmo tempo cremosa, os contrastes das duas cores e os sabores que tão bem se complementam. Ainda tem a farofinha para dar um adocicado croc croc.

Esse quarteto é fantástico.

Daí, temos algumas variações. Como o semifredo de tiramisú, do Cipriani – essa é simplesmente a minha sobremesa preferida.  Afinal, um semifredo pode ser definido como uma mousse gelada. Daí a lembrança – fora a devoção ao café. Essa versão desconstruída, delicada e muito saborosa é um grande acerto.

Falando no Copa, não cheguei a provar, mas o Mee tem duas versões aturais, com toques asiáticos, do doce: mousse de chocolate ao leite, com crocante de gergelim preto, geleia de laranja kinkan, esponja de matcha; e mousse de morango, com geleia de lichia, confit de yuzu, crocante de amêndoas. Deu até vontade.

Considerando se tratar de uma rede, achei bem bom quando provei O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo – o que é um exagero, só no Rio há dois melhores: de Pedro de Artagão e de Roberta Sudbrack. É um bolo tipo mousse digno de nota. Mas sequer é o melhor da Zona Sul carioca.

Revirando a memória, lembro de ter comido uma outra torta-mousse deliciosa, no Chez Anne, clássico café especializado em doces e salgados.

 

 

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