Cerveja de Bandeja: a ótima Craft Beer e a cultura do growler (bebida fresca, mais barata e sem lixo)

A Craft Beer, em Teresópolis: ótimas ceervejas a R$ 15, o litro (ou R$ 18 para os que não têm growler) – Foto de Bruno Agostini

Virei adepto e defensor do uso do growler, e das variações em torno do tema: leve o seu vasilhame e encha com cerveja direto das torneiras dos seus bares preferidos.

Só vejo benefícios.

1) Vamos começar pelo fator ecológico: com o growler não tem geração de lixo, em forma de garrafas e latas, que poluem, cortam os lixeiros e são pesados para o transporte.

Quinta é dia de “Ronca Barris” no Herr Pfeffer, com descontos – Foto de Bruno Agostini

2) O bolso: em geral, o growler tem preços no mínimo iguais aos da bebida em garrafas ou latas, mas muitas vezes – quase sempre – é mais barato. Especialmente quando há dias como o “Ronca Barril”, sempre às quintas, no Herr Pfeffer, quando os preços caem pela metade.

3) A qualidade: posso estar equivocado, mas sempre acho cerveja on tap melhor do que as de garrafa e de lata, especialmente no caso de toda a família IPA, uma vez que o perfume do lúpulo se perde rapidamente, e assim, quanto mais fresca melhor fica o aroma e sabor dessa linhagem de cervejas. Growler, na maior parte dos casos, é cerveja fresca,  muitas vezes embarrilhada há menos de uma semana.

A IPA, minha preferida – Foto de Bruno Agostini

Já escrevi isso acima uma vez. Estou me repetindo. Ou seja: por razões de ecologia, frescor, qualidade e preço eu adotei o growler, e recomendo (prove, ainda, as cervejas da Kanton Bier, também em Teresópolis, bar que adoro e que foi assunto aqui há algumas semanas).

Em Teresópolis frequento um lugar chamado Craft Beer Brew Shop, na chamada Curva do Sabão. Eles mesmos fazem as cervejas, e a lupulagem das IPAs  acontece na noite anterior, muitas vezes. Imagina o frescor das cervejas. Custam R$ 15 o litro, eu disse o LITRO!!! Para quem não tem o growler deles, custa R$ 18, mas o vasilhame é seu e das próximas vezes é só encher por R$ 15.

– Nós enchemos através do processo de contrapressão, o que garante uma vedação perfeita, e preserva a cerveja, se fechada, por muitas semanas, até meses, na geladeira – diz o empresário Fabiano Kozlowski, sócio do lugar, que também é uma loja de insumos cervejeiros (lúpulo, malte, panela, fermentador, fermentos, chips de madeira, barris, growler e tudo o que é preciso para se fazer cerveja em casa).

O espaço está sendo ampliado, e ganhará um “biergarten” no começo do próximo ano. São, ao todo, dez torneiras, e dez estilos no growler: IPA, APA, Cream Ale, Stout, Blond Ale, Sour, Weiss, Witbier, California Common e Irish Red Ale. Todas a R$ 15, eu escrevi R$ 15…

A novidade da semana, também uma das razões deste post, é que a partir do próximo domingo, dia 8, eles fazem o primeiro de uma série de cursos de B.I.A.B (ou seja “brew in a bag”: faça cerveja num saco). Todo o mês vai ter, sempre domingo, de 9h às 18h, Este é o processo mais simples, para cervejeiros caseiros. Custa R$ 170 por pessoa, e em dezembro acontece no dia 6.

– Queremos resgatar essa cultura do cervejeiro caseiro. Os cursos, que vão acontecer mensalmente, são voltados a quem quer produzir em casa, para a família e os amigos. Mas, claro, muitos acabam transformando em negócio – conta Fabiano, cujo cervejeiro oficial da família é o filho, Cainã. Eles estão abrindo um espaço em casa, onde fica a fábrica da Craft Beer, para receber pequenos eventos cervejeiros, com invejável estrutura, pelas fotos que vi (siga @fabianokozlowski, @craftbeerbrewshop e @caina.sommelier).

Eu recomendo.

 

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