Algumas coisas são curiosas. Uma mesma notícia pode ser ruim e boa ao mesmo tempo. O restaurante Mitsuba, por exemplo. Inaugurado em março de 2004, e depois de tantos anos funcionando na Tijuca, fechou as portas. Que tristeza… Mas, nem tanto. Ao menos para os moradores da Zona Sul do Rio, que por muito tempo deixaram de frequentar essa casa japonesa, para muita gente o melhor lugar do gênero do Rio, porque tinham preguiça de ir até lá (para ler um post sobre o restaurante clique aqui – as fotos são desse almoço).
– No dia 15/03, último dia de funcionamento na Tijuca, o restaurante bombou. Entre meio-dia e 18h passaram 143 pessoas pelos nossos 44 lugares. Três grupos em mesas diferentes disseram ter vindo de bairros da Zona Sul, pela primeira vez, apenas para a despedida da Tijuca e disseram que aguardavam ansiosamente a abertura no Leblon. Quiseram conhecer o lugar onde tudo começou e saíram muito felizes. Pelo menos quatro clientes choraram ao se despedirem da equipe. Eu, fraco demais, sequer consegui acompanhar o fechamento das portas – lembra Homero Cassiano, sócio do restaurante, que está com uma plantação caseira de shisô, “aguardando ansiosamente para ser usado na inauguração do Restaurante Mitsuba”.
Agora – em breve, espera-se – o Mitsuba vai estar no Leblon, precisamente no subsolo do Rio Design Center. Um espaço mais amplo, lindíssimo pelo que se vê do projeto arquitetônico. A boa notícia, porém, não é só e exatamente essa, mas sim o fato de que Eduardo Nakahara, o sushiman-chefe da casa, em tempos de pandemia, está preparando seus meticulosos bocados e enviando para a casa dos clientes, que vivem síndrome de ausência de sushis e sashimis perfeitos em tempos de pandemia.
– As entregas vão indo bem – conta ele (o menu completo está no final do post).
E, logo, logo, o Mitsuba também vai estar preparando suas especialidades para envio a domicílio.
– O delivery começa ainda neste mês. O restaurante só depende dos protocolos das autoridades – diz Homero Cassiano, sócio da casa – Vai começar com um cardápio reduzido, mas mantendo a variedade de pescados e focado nos campeões de vendas. Novas embalagens biodegradáveis, personalizadas e muito bonitas. Preocupação extrema com os protocolos de segurança alimentar e manipulação, além de treinamento intensivo para garantir o produto para os clientes e a saúde dos colaboradores. Para seleção da equipe inicial, além da competência, demos preferência aos que podem se locomover sem depender do transporte público, para evitar riscos – completa.
O restaurante está fazendo captação de recursos, em troca de benefícios quando inaugurar.
– A operação de salão também está sendo cuidadosamente estudada e muitos dos equipamentos de higienização e EPIs já foram comprados. Hoje atingimos a meta do Abacashi (https://abacashi.com/p/mitsuba), mas seguimos com a captação até o dia 16. Tivemos até aqui 154 contribuintes.
Sobre o serviço de entregas, ele conta.
– Não tenho o menu fechado, mas não haverá novidades no delivery. Elas virão na inauguração. Teremos a obentou (marmita), os sushi e combinados (sushi e sashimi) do chef e algumas entradas campeãs, como o ebi-haru (rolinho de camarão e alho poró). No cardápio do salão haverá clássicos como o buta-no-kakuni (barriga de porco cozida) e tori-no-karaague (frango a passarinho). A ideia é ter muitas opções típicas de botequim (izakaya). Haverá também uma caprichada e extensa seção vegana, com opção até de sushi – conta Homero Cassiano.
Nós aguardamos ansiosamente o serviço de entregas e a abertura da casa.
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O cardápio da Nakahara Sushi School