#TBT3: uma seleção com três enotecas imperdíveis em Roma

Uma observação, primeiro: este texto é de 2012, mas preferi manter o original.

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#TBT: mas que saudades de viajar e aglomerar em locais como a Fontana di Trevi – Foto de Bruno Agostini©

Na sexta-feira passada estreou nos cinemas brasileiros o filme “Para Roma, com amor”, de Woody Allen. O bonequinho d’O Globo aplaudiu. Sentado, mas bateu palmas.

O lançamento do longa, certamente, vai inspirar muitos viajantes a visitarem a cidade eterna, assim como aconteceu com Paris, cenário anterior do cineasta americano.

‘Veramente’ romana: a carbonara impecável da excelente e tradicional Salumeria Roscioli, na capital italiana – Foto de Bruno Agostini©

Um dos melhores programas a se fazer na capital italiana, sem dúvida, é explorar as enotecas da cidade. Em primeiro lugar, porque ali encontramos boa parte da produção nacional, com vinhos de todo o país, da Sicília e da Puglia ao Piemonte e Friulli, ao contrário do que geralmente acontece nas regiões, onde os rótulos locais predominam. Além disso, há verdadeiras preciosidades nessas adegas, incluindo safras antigas e vinhos de pequenos produtores, raridades mesmo na Itália. Em segundo lugar, porque nesses lugares de ambiente agradável nós comemos bem, muito bem. Por fim, porque os preços são muito, mas muito, muito mesmo, mais baratos que aqui no Brasil.

Escolhemos três dessas enotecas, programas absolutamente imperdíveis da cidade eterna para os enófilos (e para quem nem é tão chegado assim: porque uma garrafa de bom vinho italiano pode ser um caminho sem volta para o mundo do vinho).

No mais, quer saber como é o filme? Leia a sinopse da crítica do Globo: “Italianos e estrangeiros vivem encontros e desencontros amorosos rodeados pelas belas paisagens de Roma. O filme é mais um da série em que Woody Allen se exercita em ambientações diferentes dos longas rodados em Nova York, que o consagraram. O diretor, que também volta a atuar neste nova produção, já comandou uma viagem no tempo com “Meia-noite em Paris” (2011) e mostrou um triângulo amoroso ‘caliente’ em “Vicky Cristina Barcelona” (2008)”.

 

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Il Gocceto e sua vitrine delícias: queijos, conservas, charcuterie – Foto de Bruno Agostini©

Il Gocceto – Casa pequena e aconchegante nas proximidades do campo de’ Fiori, tem prateleiras cheias de grandes vinhos. Ali conseguimos achar raridades como o Gravner Anfora Ribolla Gialla 2001, em garrafa magnum. Para acompanhar, comidinhas deliciosas, como tomatinhos-cereja da Púglia, afogados em azeite com ervas, além de tábuas de queijos, embutidos e carnes curadas que, por si só, já justificam a visita ao lugar.

Tomoko Tudini: Rione Monti é um bairro da moda há dez anos – Foto de Bruno Agostini©

Tomoko Tudini – Um dos bairros retratados no filme, o Rione Monti está na moda. E o Tomoko Tudini é um dos melhores lugares para se acomodar para beber  uns vinhos, acompanhados de boa comida. Lugar simpático e agradável, com piso de madeira e paredes ora caiadas, ora de tijolinhos. Para comer,destaque para a churrasqueira que grelha vistosas carnes (como o abbacchio, um cordeiro jovem, típico de Roma). As pizzas, assadas no forno a legna também merecem atenção. São lindas, saborosas e delicadas.

Um dos meus pontos turísticos preferidos em Roma: vinhos espetaculares e comida impecável – Foto de Bruno Agostini©

Salumeria Roscioli – É um dos melhores restaurantes da cidade, que prepara receitas clássicas com ótimos ingredientes e precisão técnica de cirurgião (carbonara é inesquecível). Além disso, tem uma seleção fantástica de queijos, embutidos, carnes curadas e outras iguarias finas. Os pães, especialidade da família, são imperdíveis. A carta de vinhos, que podem ser consumidos ali ou levados para casa, é das melhores, e mantém o alto nível. Hoje, se alguém me pergunta: “Bruno, me indica um lugar imperdível em Roma?”. Eu nem penso duas vezes, e cravo na hora: Roscioli.

*Essa reportagem foi escrita para uma edição de segunda-feira passada do Globo a Mais, versão do jornal exclusiva para Ipad, que vai ao ar de segunda a sexta, sempre a partir das 18h. Hoje o assunto é são castas menos óbvias da Espanha, como a branca Godello e as tintas Mencia e Callet.

 

 

 

 

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