Eu conheço a chef Lydia Gonzalez há mais de 15 anos, e acompanhei a sua trajetória rumo ao merecido sucesso e reconhecimento – o seu Angá, em Nogueira, Petrópolis, é um dos melhores restaurantes do Rio. Fato, é posso provar (sábado vou escrever a respeito).
Já a cervejaria Odin deve ter uns quatro ou cinco anos que começou a me chamar a atenção, com seus rótulos encorpados como sugere o nome que remete ao Deus da Mitologia Nórdica, o mais poderoso entre todos. Tipo o onipotente.
São cervejas fortes, sim, mas muito bem acabadas, redondas e gastronômicas. Chamam a atenção.
O encontro entre a minha estimada e admirada amiga cozinheira com a marca (petropolitana como ela) deu um excelente resultado, batizado de Casarão da Odin, uma mansão bem no Centro Histórico de Petrópolis.
Dessa parceria nasceu a residência de um dos bares mais legais da Região Serrana, um porto seguro para se comer e beber muito bem, obrigado – com trilha sonora muita adequada ao ambiente e aos cardápios de comidas e de bebidas. E também em sintonia com o local onde está, afinal a Cidade Imperial é tradicional polo cervejeiro, e abriga grande quantidade de produtores, entre grande e pequenos.
Eles se juntam na chamada Vila Cervejeira, uma associação de cinco marcas que estão concentradas nesta área, “a 100 metros uma da outra”, como anuncia o perfil oficial deles no Instagram @vilacervejeirapetropolis – os outros participantes são a Sampler Brew House, a Duas Torres, a Dr Duranz e a Bohemia.
Lydia montou o menu certeiro, executado pela chef Clícia Santos, que comanda a cozinha no dia-a-dia (noite-a-noite, melhor dizendo, porque a vida fervilha mesmo no Casarão da Odin é quando todos os gatos são pardos).
Depois de um dia de trabalho cansativo, com algumas doses de estresse, cheguei e logo me recostei no balcão, e ainda de pé sem sentar à mesa pedi, de cara, a minha RIS de estimação, uma baita cerveja que recentemente protagonizou um post aqui neste site.
Acatei sugestões, e pedi pra começar a costelinha suína assada lentamente na cerveja Coffee Blond, base suave de café verde, e o steak tartare, pela dupla para petiscar em grupo.
Boas fritas, em ambos os casos, guarnecem. No formato ondulado e em forma de palito. Tartare bem temperado, com a carne cortada na ponta da faca, delicadamente. Bom é usar a batatinha como base, e montar canapés…
Melhor ainda era a costelinha, com o molho de cerveja delicioso. Desmanchando-se a carne, fui feliz demais ali, enquanto bebia a Coffee Blond usada na própria receita. Tipo de harmonização infalível, certo? Não tem erro.
Repeti a fórmula em seguida. Porque, além da costelinha, há outras receitas que usam cerveja como ingrediente, fundamental, aliás, no resultado final do prato: é o cupim cozido lentamente na Tripel, servido com os bastões de polenta, muito bons, por sinal.
Diria que os que visitam o Casarão da Odin devem OBRIGATORIAMENTE provar este prato com a cerveja em questão. #vaipormim
Dali, subi pro salão do segundo andar que me lembrou um bar de cervejas de Munique, desses animados, com música. Era segunda. Noite de blues, é um bom quarteto tocava. Noite deliciosa. Salvou meu dia.
A programação da casa tem duas temáticos. Quinta é o Thor’s Day – o Dia do Hambúrguer, quando eles preparam o sanduíche, defumando no Pit smoker. O cardápio musical tem shows às segundas (blues), quartas (rock) e domingos (música brasileira). De segunda a sexta, tem happy hour, das 16h às 19h30, com promoção de chopes e menu especial de petiscos.
Odin tem o poder magnético de atrair a gente.
SERVIÇO
Casarão da Odin: Rua Alfredo Pachá 320, Centro, Petrópolis. Tel.: (24) 2245-9629. casaraodaodin.com.br Instagram: @casaraodaodin