Churrascaria Palace: Modo de Usar

A “Santa Ceia da Bossa Nova”, ícone da casa que por sua vez é emblema de Copacabana – Foto de Bruno Agostini©

Já faz mais de dez anos que escrevi um dos posts de maior sucesso no blog #riodejaneiroadezembro (hoje hospedado aqui neste site: para ver todos os posts, clique neste link aqui).

Tinha o seguinte título: “Porcão: modo de usar”.

O texto (neste link) vale até hoje e pode ser aplicado a qualquer churrascaria rodízio, como a Palace, sendo que cada lugar tem suas especificidades, obviamente.

De forma geral, o que pode ser aplicado a qualquer desses restaurantes marcados pela fartura é o seguinte.

1) Chegue o logo chame o maître. Diga que vai deixar a bolacha no vermelho, e que prefere ir pedindo corte a corte, preparado à sua maneira.

2) Pergunte sobre os cortes especias da casa, e a respeito de itens marinhos, como ostras e camarões e peixes, que ficam ótimos na brasa.

3) Explore cortes mais raros e os mais caros. Nessa segunda categoria se enquadram french rack, picanha, prime rib e carnes como javali, pato e jacaré. Evite frango, linguiça e pastel, sobretudo coisas como lombinho no queijo e coração…

No caso da minha querida Churrascaria Palace (que abandonou o muito brega e desagradável sistema de bolachas “sinais de trânsito”), que completa 70 décadas de vida este ano, eu diria ainda:

A primeira coisa a se fazer é se cadastrar no site para participar do clube do restaurante, que dá relevante desconto: o rodízio cai de R$ 159 para R$ 128, por pessoa (www.clubepalace.com.br).

Ostras, e melhor pedida para começar – Foto de Bruno Agostini©Comece com as ostras frescas, empunhando uma taça de espumante ou vinho branco – a carta deles é muito boa. (Aliás, procure pelo Danilo Machado Melo, gerente-geral da casa, maître e sommelier, dos melhores profissionais do ramo no Rio: pode como ninguém te ajudar a escolher o que pedir para comer e beber. Além de tudo, o cara – de quem tenho a sorte de ser amigo – é dos melhores papos que eu conheço, um sujeito formidável e que eu muito admiro).

A pimenta é das mais fortes que já preovei na vida, e foram tantas… – Foto de Bruno Agostini©

Não deixe de pedir os bolinhos de bacalhau e – caso goste – experimente a pimenta Carolina Reaper, das mais fortes do mundo, de uma marca excelente e com sugestivo nome: Fogo Mineiro. Obs.: a receita do bolinho é da mãe do Antônio Saraiva, sócio da casa, portuguesa.

O embutido de sangue é produzido em São Paulo, pela excelente Pirineus – Foto de Bruno Agostini©

Em seguida, vá na morcilla, que para mim é item fundamental. É da marca paulista Pirineus, das que eu conheço, a melhor produtora de morcilla do Brasil (tem outros embutidos, especialmente os de origem espanhola, fabulosos também, como a chistorra, a sobrassada, o chorizo asturiano, entre outros). Espetáculo.

Corte raro, do diafragma, macio, suculento e muito saboroso – Foto de Bruno Agostini©

Na hora das carnes, vá direto na entranha, o skirt steak, meu corte preferido no momento (aliás, desde 2010, quando visitei a Argentina para esta reportagem aqui, para O Globo).

Fresnch rack no espeto – Foto de Bruno Agostini

Depois, no bife acho, seguindo com costela prime, french rack, picanha, T-bone e costelão. Isso para citar o que sempre peço, em comedidas porções, claro.

A maminha com minha farofinha de alho: me basta – Foto de Bruno Agostini©

Em cartaz atualmente, a maminha Herefordshire está excelente.

A melhor paleta de cordeiro do Rio, vai por mim – Foto de Bruno Agostini©

Finalize com a melhor paleta de cordeiro do Rio.

Peito de pato com ervas na brasa: boa pedida também – Foto de Bruno Agostini©

Também vale ir em cortes de porco Duroc, no peito de pato e no javali e avestruz.

Foto de Bruno Agostini©

Nunca deixe de consultar cortes fora do menu, porque muitas vezes tem algumas peças de teste, para ver a aceitação do público. E pequenos lotes especiais.

Prussinas, sequinhas e crocantes: apenas peça – Foto de Bruno Agostini©

Pra acompanhar eu peço farofa de alho e caesar salad, às vezes umas fritas – as prussinas são sensacionais, como dá para ver: apenas experimente – ou anéis de cebola, mas raramente como, ainda que goste muito, porque evito fritura nesses casos, basta a gorduras das carnes.  Entre os vegetais grelhados, o palmito na brasa eu nunca rejeito.

Para encerrar o quindim do Vinicius, com a receita passada pelo próprio poeta, servido com um shot de White Horse, seu uísque preferido (como mostra o divertido e famoso painel que sempre vale a pena ser admirado: “A Santa Ceia da Bossa Nova”, na foto que abre este post).

Não deixe de provar o financier: valem por uma sobremesa – Foto de Bruno Agostini©

Peça o café nem que seja só pra comer o delicioso financier, feito por um dos maîtres da casa.

Pronto. Vai por mim.

Na foto, o QR Code do Menu, que está no jogo americano, assim como os principais cortes e guarnições, além dos itens do sushi bar, para você poder ver de casa.

Churrascaria Palace: Rua Rodolfo Dantas 16, Copacabana. Tels.: 2541-5898ou (21) 99993-4696. Diariamente, das 12h às 23h. Vendas diretas e também pelas plataformas do Rappi e “take away”.

E MAIS:
– Churrascaria Palace: prestes a completar 70 anos o restaurante apresenta novidades
– Destilado do Balcão: carta de cachaças ilustrada na Palace
– Seleção Carioca: as melhores morcelas, morcillas, chouriços e afins no Rio de Janeiro 

 

 

 

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