Laís Aoki, sommeière do restaurante Oteque, de Alberto Landgraf, está em Londres, e seu Instagram está cheio de boas dicas para os amantes do vinho na capital inglesa – especialmente para os fãs dos naturais, orgânicos e biodinâmicos. Ele foi até lá representar a casa, que entrou numa seleta lista com as melhores cartas de vinhos do mundo. Muito merecido, porque de fato o serviço e a qualidade dos rótulos, as harmonizações impecáveis e toda a louça são mesmo dignos de prêmio. Isso chama a atenção aos que frequentam o lugar, que hoje pode estar em qualquer lista que se faça de melhores restaurantes do mundo. Estive duas vezes e foram noites memoráveis, sempre tendo a cozinha do chef em perfeita sintonia com as bebidas. Posso dizer, ainda, que bebi ali o melhor café da vida, um lote especial da Orfeu.
– Mas ainda dá para melhorar, sempre dá – disse ele em conversa recente.
Sempre dá, e basta uma espiada nas fotos do Oteque, e os comentários dos frequentadores, para ver que o restaurante serve a comida do mais anto nível.
O prêmio “The World of Fine Wine”, patrocinado pela marca alemã de eletrodomésticos de alto luxo, Gaggenau, coloca o Oteque ao lado de grandes referências no assunto gastronomia.
Estive em quatro dos outros vencedores. E realmente são referências no assunto. O Wine Bar George, que já foi assunto de posts aqui, um espetacular bar de vinhos sabe onde? Em Disney Springs, em Orlando, tema frequente neste site e que vai virar um guia em breve.
Outro lugar incrível quando o assunto é a boa mesa que está na lista é a famosa Antica Bottega del Vino, endereço obrigatório a qualquer enófilo que esteja em Verona, na Itália, uma das adegas mais preciosas do país.
The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, é seguramente um dos mais espetaculares hotéis ligados ao vinho em todo o mundo – e não são poucos. Pertencente à Taylor’s, posso apostar que estaria em qualquer lista de dez lugares essenciais no enoturismo.
Em Reims, a capital do Champanhe, está outro indicado: Domaine Les Crayères, com seu estrelado restaurante Le Parc, além de tudo dos mais aprazíveis do mundo, a Brasserie Le jardim e o Bar La Rotonde, trio que faz desse Relais & Chateaux um dos hotéis mais incríveis para o amante do vinho e da boa mesa, a exemplo do Yeatman.
Entre os outros restaurantes que integram a seleta lista com 59 indicados estão nomes como o Geranium, em Copenhague; o Eleven Madison Park; em Nova York; o Duomo, em Alba; la Dame Pic, em Londres; além de seis unidades do Hakkasan e o Sabi Sabi, na África do Sul, o mais alto grau de sofisticação que um safári pode alcançar.
O Oteque está cada vez melhor, o prêmio é muito merecido e fruto do trabalho de uma equipe liderada por Landgraf, cujo serviço de vinhos pelas mãos da dupla Laís Aoki e Leonardo Silveira é notável.
Lembro de uma passagem que pode ilustrar bem isso de modo resumido. Escrevi assim, em dezembro passado: “Minha melhor refeição no ano, o que não é pouca coisa. Como se fosse um concerto seguiu um ritmo compassado, entre momentos de tensão e relaxamento, acompanhado pelo serviço que seria discreto se não fosse tão preciso no movimento das taças, no manuseio das garrafas e na escolha das bebidas. Posso dizer que conto nos dedos os lugares com serviço impecável no Rio, e o Oteque entrou para essa lista que cabe numa mão. A parte dos vinhos é capítulo à parte, pela seleção, harmonização (essa palavra chata mas cujo o efeito quando acertado é sublime) e – parece bobagem, mas não é – as taças, bonitas, leves e delicadas, de bordas finas, que valorizam a bebida. São da marca Zalto, têm o nome do restaurante gravado, e no Rio só o Cipriani tem iguais, e mesmo assim são exclusivas da mesa do chef (Ed Arruda, sommelier do Copa, me disse que custam R$ 400).”
Deixo o link para o post: Inaugurado em janeiro o Oteque do chef Alberto Landgraf é o restaurante do ano.