Sempre existe uma primeira vez. Depois de anos frequentando o Pobre Juan, há algumas semanas provei um prato de camarões VG preparados na parrilla, especialidade desta casa platense dedicada às carnes. Nunca tinha comido ali nem peixe e nem frango, só cortes de boi e cordeiro, além de embutidos de porco, como morcilla e linguiça. Grelhados à perfeição, os crustáceos foram destaque num almoço memorável, desses que ficam para sempre.
Além de fazer minha estreia no menu marinho deste restaurante querido e infalível, eu também notei um flerte com a cozinha japonesa: um dos pratos foi um serviço de Wagyu A5 Kagoshima, a mais alta classificação da carne mais cara e cobiçada do mundo (o restaurante paga cerca de R$ 1.000 por quilo).
Foi algo comovente. Finalizada à mesa, a porção com oito fatias tipo sashimi recebe as chamas do maçarico até tostar suavemente, liberando um inesquecível perfume carnudo, de gorduras e proteínas caramelizando. Na guarnição, wasabi que nem usei, além de um molho oriental típico de grelhados, que eles chamam de tataki, que apenas lambuzava a carne de leve. Um toque de flor de sal, e só, foi suficiente para subir aos Céus.
Acho que logo na semana seguinte aconteceu um evento em São Paulo que me confirmou o interesse do Pobre Juan no Japão. André Saburó, maior autoridade quando o assunto é atum de alto nível no Brasil, do tipo que exportamos e cuja produção mais relevante se concentra em Pernambuco, sua terra, abriu um desses exemplares especiais. E preparou menu especial desenvolvido com a chef do grupo, Priscila Deus. Invejei.
Mas… venho por meio deste post dizer que na próxima semana, dia 24, os cariocas também vão poder viver essa experiência, em mais uma edição deste jantar a quatro mãos, bem globalizado: restaurante argentino, cozinheiros brasileiros e cardápio japonês. Lá estarei, agradecido.
– Ainda restam dez vagas – me diz o amigo Luizinho Marsaioli, gente muito boa e sócio do grupo, com 11 endereços hoje no Brasil.
No mais, este último almoço no Pobre Juan, de tão espetacular, merece post à parte. Farei ai longo da semana e posto aqui neste Menu Agostini, colocando o link aqui.
Mas, resumindo: está excelente o novo menu. Além dos camarões e do Wagyu, destaque para a mollejas (ninguém mais tem no Rio, que eu saiba) e o Bife Pobre Juan, corte nobre do ancho, perfeito, além do Tomahawk monumental, um míssil de costela com ancho, escoltado por três guarnições à altura: a farofa Pobre Juan, de cebola crocante, tipo a árabe, o palmito fresco assado na parrilla e as batatinhas suflê, essa perdição.
Na próxima terça, no evento, o menu ‘Mar & Terra’ será preparado a quatro mãos, apresentado cinco pratos. Entre eles, o sashimi de Wagyu A5, além de tartare com atum gordo e batatas suflê com nori; atum de sol com mousseline de inhame e queijo coalho, farofa de shisô e cebolas caramelizadas; além de Tuna Rib Steak, acompanhado de molho missô, rapadura, castanha de caju, purê de wasabi e cogumelos tostados e defumados.
– A partir desse evento, dois cortes entrarão para o menu fixo do Pobre Juan”, conta Priscila.
O jantar tem lugares limitados e o menu deve ser adquirido com antecedência. Custa R$380, mais a harmonização para quem quiser (R$ 190). Começa às 19h30. Vendas neste link aqui.
SERVIÇO
Pobre Juan: Shopping Village Mall, Av. das Américas 3900, Barra. Instagram: @restaurantepobrejuan; pobrejuan.com.br
1 comentário
Deu água na boca!