Vinho da Semana: Monte das Servas Escolha 2020, símbolo elegante e gastronômico do Alentejo moderno

O Monte das Servas pode ser encontrado em restaurantes como a Churrascaria Palace e, a partir de hoje, nos Gajos d’Ouro – Foto de Bruno Agostini®

Talhado para o sucesso ao conjugar sua alta qualidade a seu ótimo preço (entre R$ 120 e R$ 140 nos restaurantes), o vinho Monte das Servas Escolha 2020 é, de facto, uma excelente opção para acompanhar uma refeição. Naturalmente ele vai se comportar muitíssimo bem com a rica culinária portuguesa, desde os pratos do seu Alentejo natal até às receitas do Norte do país, com especial aptidão para carnes vermelhas, como os cabritos assados da Serra da Estrela e as vitelas de Arouca, assim como para os enchidos típicos, tal as alheiras de Mirandela (melhor ainda se forem de caça) – e até mesmo acertando em cheio o onipresente bacalhau, em suas receitas sem creme, como lagareiro à Brás, ou um simples lombo na brasa. Também vai bem com petiscos, como esses croquetes de alheira da Tasca do Marquês (excelente referência portuguesa no Rio) que aparecem na foto. Além de um belo prato de embutidos e queijos.

Assim, podemos achar este vinho nas melhores casas portuguesas da cidade: a partir de hoje, por exemplo, ele chega á preciosa adega dos Gajos d’Ouro, que estão abrindo as portas em seu novo endereço, na rua Aníbal de Mendonça número 31. Nesta semana ele também chega às adegas d’A Marisqueira, que exatamente há uma semana reabriu, linda como nunca e deliciosa como sempre, após uma reforma (para ler um post, clique aqui).

Além deles, o Monte das Servas Escolha está nas cartas de restaurantes como Rancho Português, Farrapos e o lendário Seu Antônio, de Niterói, sem esquecer do Almirante, que funciona no Vasco, debaixo das tribunas, mas aberto a não-sócios. Mas não só nos portugueses: o vinho também pode ser apreciado em outras casas de perfil variado, desde o chinês Mr. Lam à Churrascaria Palace, passando pelo clássico e tradicional Degrau e a birosca Tasca Carvalho, com novos sócios e menu, ainda mais lusitano do que antes.

O vinho é mesmo um achado. Puro, límpido e sem madeira. Corte de Aragonez (40%) Alicante Bouschet (25%) Trincadeira (25%) Syrah (10%), representa esse Alentejo moderno, combinando suas castas mais características à Syrah, que gosta do calor da região, seca e ensolarada. Mas Estremoz, onde estão os 200 hectares de vinhas da Herdades das Servas – que está na mesma família, Serrano Mira, desde 1667 -, tem um clima privilegiado, montanhoso, que se reflete em seus vinhos – com uvas provenientes de vinhedos com idades entre 20 e 60 anos.

Ele tem surpreendentes 14,5% de álcool, sem parecer, mostrando bom equilíbrio entre a fruta madura e a acidez, que não se encontra facilmente no Alentejo. Redondo e macio, tem taninos amáveis, e o perfil aromático mostra foco nas frutas, sobretudo as vermelhas, como a cereja, e as negras, como a amora, além de um ligeiro e agradável floral – que até lembra a Touriga que neste corte não há. Tem mesmo DNA português, puro-sangue alentejano, mostrando vigor, elegância e amplas aptidões gastronômicas, por preço atraente.

Recomendo: #vaipormim

Desfrute-o.

E MAIS:
– Herdade das Servas Alfrocheiro 2016: uma raridade alentejana que combina potência com elegância

 

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