Não é fácil desviar das especialidades da casa.
O acho vem sempre na medida exata para o preparo perfeito: dois dedos de altura, exterior selado e o interior rosado, macio e suculento. Já a fraldinha é mais baixa e comprida, e funciona muito bem como petisco, servida fatiada. O costelão se desmancha na tábua de madeira que chama a atenção sempre que ele é apresentado e cortado – com a colher.
Só pra ficar nesses três.
Fora os petiscos, as liguicinhas, de vitelo, pernil ou costela, quem sabe uma molleja? A costelinha, sempre bem-vinda seja qual for a mesa. O coração, de exemplar suculência, que lhe deixa macio e úmido.
O que eu nunca dispenso mesmo ali é o couvert, que me brinda com o preferido pão de queijo – tem vezes que até me queimo, por comer logo que chega, fumegante e muito quente de fato: cuidado com a temperatura, e para não devorar muitos. Use a salada com molho da casa para forrar o estômago. Dedilhe os bastões de pepino e cenoura, e os talos de cebolinha que chegam no copo largo, como em casas de antigamente. O vinagrete de cebola vou usar nas carnes, misturando à farofa, a minha guarnição churrasqueira mais usual, com ou sem ovos, alhos e outros adereços – porque só na manteiga já me basta.
Claro que estamos do Esplanada Grill, em Ipanema, que neste 2023 está completando 35 anos de esquina. é aquele lugar onde sempre encontramos pessoas importantes, entre artistas, atletas, empresários, políticos, chefs e outras personalidades. É lugar para bicos exigentes.
Desse modo, muitas vezes eu miro uma parte do menu que se chama “Do Fogão”, que vem antes dos itens “Da Grelha”, os listados logo acima.
Ali, podemos escolher uns pratos de bacalhau, que sempre encontram apreciadores em casas cariocas, com essa herança portuguesa que temos. E outras receitas populares nos restaurantes tradicionais do Rio: tem picadinho, estrogonofe, arroz de pato e steaks clássicos, como poivre e Diana.
Na terça passada eu preferi ir no fogão, e minha dúvida ficou entre o picadinho, o steak au poivre e o estrogonofe. Acabei, dividido entre os dois últimos, principalmente, escolhi a receita russa, que não me lembro ter provado no Esplanada Grill.
– Qual batata você prefere?
– Tem palha?
– Claro.
– Então, pronto – escolhi, com facilidade.
Pedi que fosse usado shoulder, sugestão deles mesmos.
Logo chega a panelinha ainda tampada. Abri para sentir aquela fumaça perfumado, que vem do molho aromático, feito à maneira tradicional da cidade: carne flambada no conhaque, puxado na cebola, e com molho rico, que leva ketchup e outros temperinhos, além de outro item importante, os champignons frescos. Tudo, então, é finalizado com creme de leite fresco.
No prato, eu ainda finalizo com a pimenta desidratada que o Roger prepara.
No prato, eu ainda finalizo com a pimenta desidratada que o Roger prepara.
Não me falta mais nada, além das duas taças de distintos vinhos de Bordeaux, da Clarets do amigo Marcos Lima – que se fez presente, mesmo sem estar.
Posso dizer que foi uma tarde sublime.
E que você também pode desfrutar.
Recomendo: #vaipormim
SERVIÇO
Esplanada Grill: Rua Barão da Torre 600, Ipanema. Tel.: 2512-2970. Instagram: @esplanadagrillrio
Esplanada Grill: Rua Barão da Torre 600, Ipanema. Tel.: 2512-2970. Instagram: @esplanadagrillrio
E MAIS:
– Retrato de um Prato: o meu PF de bife ancho no Esplanada Grill
– O mar do Esplanada: referência histórica em carnes também serve pescados no mais alto nível
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A RUSSA DE TERESÓPOLIS:
– O estrogonofe da Dona Irene, o restaurante russo que é resultado de uma saga
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