De Bar em Bar: Boteco Rainha, do Grupo Irajá do chef Pedro de Artagão, reina na Dias Ferreira

A casa lota logo ao abrir – Foto de Bruno Agostini

Vi na internet que o bar abria às 11h30. Dez minutos depois disso eu cheguei ao Boteco Rainha, em frente ao Sushi Leblon, na passarela gastronômica chamada Dias Ferreira. Já havia uma mesa ocupada. Era uma quinta-feira. Sentei-me no pequeno e simpático salão, que remete às tascas portuguesas e aos botequins cariocas. Trata-se de um legítimo pé-limpo, com cardápio que traz iguarias marinhas e também da terra. Desses que a gente tem vontade de comer tudo.

Caldinho de frutos do mar: impecável – Foto de Bruno Agostini

Com a experiência do Azur, o quiosque na praia do mesmo bairro, o chef Pedro de Artagão, que admiravelmente está expandindo os negócios em tempos de pandemia, o caldinho de frutos do mar eu diria ser um dos itens imperdíveis do menu – ele também é servido lá à beira-mar.

(Já que falamos em crescimento em tempos de pandemia, o chef me contou que está com dois novos projetos para serem lançados em breve, mas ainda me pediu segredo, pois está ainda acertando onde funcionaram, o menu, etc. Mas o conceito está fechado, e parece que será um sucesso).

A melhor empada da cidade, eu diria, é a versão de cavaquinha, servida no Azur. Porém, agora a disputa acontece em família, porque a versão fechada, do Boteco Rainha, apresenta a melhor massa que já provei em toda a vida. Impressionante.

Vitrine aquecida: tem que ter em boteco que se preze – Foto de Bruno Agostini

Junto com o torresmo vistoso, as empadas ocupam a vitrine aquecida no balcão, um item essencial em botequins que se prezam. Aliás, boteco-boteco, como gosto de chamar, ocupa esquina. Pois o ponto da esquina ao lado foi arrematado por eles, e em breve será uma expansão da casa, que precisa mesmo de mais espaço.

Várias coisas eu provarei nas próximas visitas, começando pelo sanduíche de camarão, passando pelo polvo à vinagrete e pela escabeche de sardinhas, chegando ao torresmo de barriga e terminando na cavaquinha ao Ramiro, homenagem ao clássico bar português que é um porto seguro para se comer pescados (é no azeite e alho).

Para beber, cervejas da Ambev, alguns coquetéis e deliciosas batidas feitas na casa (sob os cuidados da sommelière fera Julieta Carrizzo)  – provei e aprovei o gengibrinho. Também há alguns vinhos – (bem) escolhidos por ela, incluindo o espumante Irajá (para ler sobre ele, clique aqui).

Frigideira de frutos do mar: vistosa – Foto de Bruno Agostini

Se dá vontade de provar tudo, e dá mesmo, há pratos que eu destacaria, começando pela frigideira de frutos do mar, que estrategicamente é o primeiro item na lista de principais. São fartos, e servem duas pessoas, até três eu diria, especialmente se os comensais provarem petiscos inicialmente – e acho que o caldinho e a empada são ESSENCIAIS nessa jornada botequeira-chique.

O torresmo também entra no arroz – Foto de Bruno Agostini

Craque nos arrozes, Artagão serve quatro ali: de bacalhau, de torresmo, de pato e de polvo. Ó, dúvida cruel… Qual deles pedir?

Igualmente fazendo alusão ao Azur, que serve versões impecáveis dessa caldeirada baiana, temos moqueca temos moqueca de peixe. Para carnívoros, steak à Diana, Oswaldo Aranha e filé à francesa. Há pratos esquecidos, como camarão empanado no catupiry com arroz à grega. Melhor que ficar listando o cardápio-que-dá-vontade-de-provar-inteiro, melhor colocar fotos dele (para ler, só clicar que a foto aumenta).

Se houver espaço, pedirei torta de natas.

SERVIÇO
Boteco Rainha: Rua Dias Ferreira 247, loja B, Leblon. Tel.: 3598-8714. www.grupoiraja.com.br

 

 

 

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